Patrícia de Prata de alto calibre

Notícias TÓQUIO 2020

1 Ago, 2021
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Ao terceiro dia dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 a portuguesa Patrícia Mamona conquista a 11ª medalha do atletismo português, a prata no triplo-salto!

Quando Patrícia Mamona, no final do apuramento, disse que ia dar tudo na final, poucos esperariam um concurso deste elevado nível. Talvez apenas ela e o seu treinador e quem mais a acompanha de perto no dia-a-dia. Patrícia Mamona, atleta do Sporting Clube de Portugal, entrou no estádio e, para a câmara que a filmava, fez um coração com as mãos, e logo no primeiro salto deixou tudo boquiaberto: recorde de Portugal de 14,91 metros! O anterior recorde (14,66 m) melhorado em 25 centímetros. Era a resposta ao salto da venezuelana Yulimar Rojas que fez 15,41 m, recorde olímpico. As duas primeiras estavam encontradas. Mas o melhor estava para vir.

Patrícia nunca mais deixou o segundo lugar. Depois de um salto não conseguido de 12,30 e do terceiro salto nulo, Patrícia abriu as rondas finais com outro recorde de Portugal, desta vez mais impressionante: 15,01 metros! E depois ainda saltou a 14,66 e 14,97! Enorme progressão de Patrícia Mamona, a primeira portuguesa a saltar acima de 15 metros e logo numa final olímpica para conseguir a medalha de prata. Esta foi a terceira presença da atleta treinada por José Uva desde o primeiro momento no atletismo. Depois do 13.º lugar em Londres 2012 e do sexto lugar no Rio 2016, a medalha mais merecida para a campeã da Europa em título, ao ar livre e pista coberta.

Ao último ensaio a venezuelana Yulimar Rojas bateu o recorde do Mundo do triplo-salto com a marca de 15,67 metros, superando o anterior máximo de Inessa Kravets (15,50) que iria fazer 26 anos a dia 10 de agosto. A terceira classificada foi a espanhola Ana Peleteiro, que bateu o recorde de Espanha com 14,87 metros!

No final da prova, em declarações à RTP, Patrícia Mamona admitiu que estava ainda a abosrover tudo, “ainda parece surreal, mas eu estava muito confiante. O apuramento foi super-tranquilo e deixou toda a confiança para o dia de hoje”, afirmou, agradecendo ainda aos seus familiares, a todos os portugueses, e ao “treinador, que me acompanha há 20 anos e que viu em mim qualquer coisa. Hoje sou vice-campeã olímpica e a segunda melhor do mundo”.

Antes, na madrugada, já o atletismo português tivera um ponto alto, com o quarto lugar de Auriol Dongmo no lançamento do peso.

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