Portugal termina em sétimo na meia-maratona

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9 Jun, 2024
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Diário de Roma – dia 3 (1) – Na meia-maratona feminina dos Campeonatos Europeus que decorrem em Roma (Itália), de 7 a 12 de junho, Portugal terminou em sétimo lugar na classificação coletiva (triunfo da Grã-Bretanha), com um somatório de 3h36m16s, graças às prestações de Salomé Rocha (24.ª, com 1h11m42s, recorde pessoal), Solange Jesus (28.ª, com 1:12.03, recorde pessoal) e Susana Santos (44.ª, com 1:13.31), sendo que Vanessa Carvalho (51.ª, com 1:14.26) já não pontuou para a equipa.

No final, Salomé Rocha afirmou não ter acusado efeito de estufa do calor. “Se calhar, por ter estado em Doha, não senti o calor. O que me dificultou foi o paralelo e as curvas apertadas no início, isso é que me dificultou. Depois, no circuito, tornou-se mais fácil”, disse, acrescentando que sai satisfeita. “Correu bem, fiz o meu recorde pessoal, nuns campeonatos muito rápidos, veja-se que a primeira [Karoline Grovdal, da Noruega, que já ganhara a prata nos 5000 metros, no primeiro dia] bateu o recorde dos campeonatos. Estou satisfeita porque demos o nosso melhor”, concluiu a atleta.

Também Solange Jesus estava “satisfeita com este resultado, depois da desilusão que foi não estar qualificada para os Jogos Olímpicos, ainda não recuperei muito bem dessa situação. Mas vim aqui para competir, para dar o meu melhor. E sinto que ao bater o meu recorde pessoal, nuns campeonatos destes, é sempre bom”.

Outro era o ânimo de Susana Santos. “Esperava mais, sinceramente. Treinei para mais, fiquei longe do meu recorde pessoal. Atendendo às condições, nunca me senti bem na corrida. Houve uma fase em que fiquei sozinha, tentei colar ao grupo da frente, mas como já ia em dificuldade, não consegui melhorar”.

Espírito ainda diferente para a estreante Vanessa Carvalho. “Está claro que estranhei estes campeonatos e esta prova. Vinha com o intuito de dar o melhor para a equipa, sabendo do meu valor. Estou contente pela união e espírito que se viveu, tentei chegar mais à frente para dar o melhor possível pelo resultado. É uma estreia para mim”.

Os paralelos massacrantes

Na meia-maratona masculina, quatro portugueses à partida, dois à chegada. No final da prova, em pleno estádio, Rui Pinto foi o melhor, em 38.º, com 1h04m55s, enquanto Miguel Borges foi 41.º, com 1h05m16s.

“Atendendo aos últimos dias, até estava melhor a temperatura, mais agradável, mas o calor e o percurso que não era muito fácil, especialmente na primeira parte, com adversários muito fortes. Tinha um objetivo de ficar nos 20 primeiros, era satisfatório, mas foi o possível. Dei o meu melhor”, disse Rui Pinto.

Miguel Borges, “sabia que tinha um dos piores recordes pessoais do grupo. Por isso fiz uma corrida cautelosa, mas sempre sozinho. Pensei que podia ficar melhor. Foi uma boa experiência e espero que seja um bom ponto de partida para outros resultados daqui para a frente”.

Samuel Barata, que seguia no grupo da frente no primeiro quarto da prova, acabou por desistir, depois dos seis quilómetros, queixando-se de uma dor na anca. “Estou muito desiludido, porque estava convicto que iria lutar pelo top-10, correndo na casa da 1h01m, mas não deu. O meu objetivo principal passa pelos Jogos Olímpicos e não podia arriscar”, afirmou. Outro desistente foi Hélio Gomes, que parou aos 11 quilómetros. “Tenho um ferro no pé, de uma lesão antiga, que por vezes dá sinal. Estava muito inflamado e o paralelepípedo da primeira fase da corrida tornou tudo pior”, disse no final.

Fotos FPA / Sportmedia

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