Começou bem, para os portugueses, a jornada da tarde do segundo dia dos Campeonatos Europeus Sub-18 que decorrem em Banska Bystrica (Eslováquia) até ao próximo domingo. Diogo Bandeira qualificou-se para a final do salto em altura. No final do dia, Natacha Candé terminou em sexto lugar no heptatlo. Ambos com recorde pessoal.
A melhor classificação de atletas portugueses foi conseguida hoje no final do heptatlo feminino, com a portuguesa Natacha Candé a terminar no sexto lugar, com um total de 5579 pontos. Um recorde pessoal que cimenta a sua posição de segunda melhor portuguesa de sempre. Nestes dois dias, a atleta açoriana esteve bem nas corridas do heptatlo, com recorde pessoal nas barreiras e hoje, nos 800 metros (2.23,80), mas não esteve tão fulgurante no lançamento do peso e do dardo, que lhe “custaram” um resultado mais expressivo. A desilusão que foi sentindo não espelhava o resultado, que até a mantinha na senda do recorde.
No final, a sua boa corrida nos 800 metros não chegou para melhorar muito mais. Ainda ultrapassou duas atletas, mas viu-se surpreendida por uma atleta islandesa que lhe “retirou” o quinto lugar. O melhor resultado português e, para já, contribuindo para uma melhoria significativa da seleção portuguesa que há dois anos saiu de Israel sem qualquer lugar de finalista.
Na sua primeira presença com as cores de Portugal, o jovem Diogo Bandeira, radicado em França, apresentou-se cheio de ambição e, apesar de alguns percalços (como passar os 2,03 metros à terceira tentativa), consegui assegurar a presença na final ao ultrapassar a fasquia colocada a 2,05 metros, um recorde pessoal para o campeão nacional da categoria.
“Estava preparado para enfrentar este desafio”, disse-nos o atleta no final da prova. “Ainda na segunda-feira treinei para enfrentar esta competição a 2,00, 2,05 metros, com o meu treinador a referir que eu tenho de ir em busca de mais do que isso”, revelou o jovem que no ano passado tinha como melhor 1,95 metros. “Foi muito tempo de trabalho, com pequenos pormenores que demoram tempo, como estar em cima da barra, demorou seis a sete meses a mudar isso”, referiu, adiantando que os recentes saltos “a 2,03 m [regional em França], 2,04 m [nacional em Beja] o deixaram com “vontade de conseguir chegar à final, e com toda a equipa atrás de mim, a apoiar, senti que podia passar os 2,05 m, como fiz”. Agora, este resultado deixa-o “cheio de ambição. “Quero entrar na história de Portugal. Estou atrás do recorde nacional sub-18 que sei ser de 2,08 m [mas não é, é de 2,09, em pista coberta, de Mário Aníbal] e quero representar Portugal ao mais alto nível. Quero lutar pelo pódio e se for preciso chegar aos 2,08 ou 2,10 metros eu vou tentar”, concluiu.
O outor português presente, Eduardo Carrolo, foi 11º no grupo B, tendo passado a fasquia colocada a 1,97 metros.
Sem o mesmo desfecho estiveram os atletas das provas de 800 metros. Em femininos, Teresa Delfino foi sexta na sua eliminatória, com 2m13s57”, enquanto em masculinos Martim Prates foi sexto na sua série, cortando a meta em 1m55s13” e Pedro Lemos foi sétimo noutra série, em 1m55s99”.
Finalmente, na final dos 5000 metros marcha, uma boa prova de Isabel Luís, que ficou a um lugar de se tornar finalista, terminando em nono lugar, com um recorde pessoal de 25m00s,06”! A campeã nacional da categoria ainda no ano passado tinha como melhor 26m15s01”. Uma melhoria de cerca de um minuto e 16 segundos. Quanto a Matilde Angélico, terminou em 18º lugar em 26m36s74”.
Fotos FPA / Sportmedia