Na jornada da tarde do segundo dia dos Campeonatos Europeus Sub-23, em Bergen (Noruega), não foi benéfica para os portugueses e o acesso às finais ficou “barrado”, especialmente para Melissa Sereno e Diogo Barrigana, os primeiros não apurados nas provas de barreiras, 100 e 400 metros, respetivamente, por centésimos.
A primeira a entrar em ação, durante a tarde, foi Melissa Sereno, nas meias-finais dos 100 metros barreiras. A portuguesa alinhou na última das séries, não fez a sua melhor partida e terminou no terceiro lugar (fora da qualificação direta para a final, as duas primeiras) e cortou a meta em 13,27 segundos (v: -1,2 m/s). Feito o alinhamento de todas as séries, a portuguesa foi a primeira das não apuradas para a final, por um escasso centésimo.
Tive muitas batidas nas barreiras, senti que perdi muito nisso, a querer ser rápida. Foi muito pela vontade e não pela facilidade, porque queria muito. Gostava muito de ir à final, mas não consegui. A época ainda não acabou”, referiu a atleta.
Logo depois, também Francisco Marques não fez melhor, também partiu mal, e terminou em sétimo na sua meia-final, com a marca de 14,31 segundos (v: -1,1 m/s), não conseguindo o acesso à final.
“O meu objetivo era conseguir a final dos sub-23, foi uma época muito dura e acabei por não conseguir. Mas a época ainda não acabou, vêm aí os Campeonatos de Portugal, o próximo objetivo”, referiu o atleta.
O mesmo sucedeu com os nossos representantes nos 400 metros barreiras. Em femininos, Sofia Lavreshina foi quinta na sua meia-final, com a marca de 57,73 segundos, ficando fora do apuramento direto para a final e ainda na repescagem por tempos.
“Não sinto que tenho o dever cumprido. Ontem estava contente, por ter conseguido o primeiro objetivo, mas hoje sabia que tinha capacidades para chegar à final, sabia que estava entre as melhores, e agora sinto-me desapontada por não ter conseguido esse objetivo”, disse na zona mista.
Em masculinos, Diogo Barrigana ainda foi terceiro classificado na sua meia-final, terminou com a marca de 49,69 segundos (a sua segunda melhor marca de sempre), mas não conseguiu o apuramento direto. Esperou pelas outras meias-finais e, quando tudo acabou, era o primeiro dos não apurados, por 9 centésimos!
Foi uma prova boa. Hoje corri com os top 1 e top 2, só passavam os dois primeiros, sabia que era difícil passar diretamente. Fiz uma marca suficientemente boa para ter um ‘q’ pequenino [qualificação por tempos]. Fiz as 14 passadas até à sétima, para arriscar, nunca o tinha feito em prova, consegui a minha segunda melhor marca de sempre, fiz tudo o que podia”, concluiu o atleta no final da sua corrida.
Fechou a jornada a meio-fundista Ana Marinho, que participou na final direta dos 10000 metros. Na sua segunda corrida na distância, a portuguesa terminou em nono lugar (a um lugar de finalista), cortando a meta em 34m02s20”, muito perto do seu recorde pessoal (34.00,99).
“Sinto-me feliz, um dos maiores objetivos que tinha era estar aqui e tentar mostrar que valia esta marca, tentar aproximar-me do meu recorde pessoal e numa boa prova batê-lo, e estou contente por entrar no top-10. Tentei chegar aos 33 minutos, mas estive muito tempo sozinha”, referiu a atleta no final da sua prova.
Terceiro dia com nove portugueses em ação
A jornada de amanhã, sábado, tem nove portugueses em ação, três deles em finais: João Fernandes, no lançamento do dardo, às 16h05 (hora portuguesa); João Pedro Santos, nos 1500 metros, às 16h45; e Duarte Santos, nos 5000 metros, às 17h30.
Antes, na jornada da manhã, Gabriel Maia tem a meia-final dos 200 metros (09h48, se passar à final corre-a às 19h40), e os restantes têm a primeira ronda de qualificação: Raquel Gomes tem a qualificação do lançamento do disco (10h50), Tiago Pereira a qualificação do triplo-salto (12h05) e os meio-fundistas têm as meias-finais dos 3000 metros obstáculos às 11h50 (Diogo Ávila e Leandro Monteiro) e às 12h07 (Lourenço Rodrigues).
Fotos FPA / Sportmedia