Diário dos Mundiais – A manhã do penúltimo dia de competição dos Campeonatos Mundiais de Atletismo em Tóquio, não foram felizes para os atletas portugueses. Vitória Oliveira foi 28ª na final dos 20 km marcha e os lançadores não conseguiram apuramento para a final.
A primeira a entrar em prova foi Vitória Oliveira, na final dos 20 km marcha. Tendo começado com a 40.ª marca entre as concorrentes, a melhor atleta portuguesa do ano terminou em 28.º lugar, cortando a meta em 1h33m02s.
No final, Vitória Oliveira confessou estar “muito feliz. Este é o meu terceiro campeonato do Mundo. É sempre um prazer e uma honra vestir a camisola da seleção nacional, tenho muito orgulho nisso. Cheguei com a 40.ª marca saio em 28.º lugar, com a minha melhor marca em competições internacionais», afirmou.
«Não é um recorde pessoal, apesar da temperatura ser mais baixa que nos últimos dias, mas a humidade é mais elevada, isso não me ajudou, tornou o corpo mais pesado e a respiração mais difícil, ainda assim vou daqui bastante satisfeita», concluiu.
Mais tarde, a meio da manhã, na qualificação do lançamento do peso, nenhuma portuguesa conseguiu o almejado acesso à final. No grupo A, Eliana Bandeira terminou no nono lugar, alcançando os 17,75 metros, enquanto Auriol Dongmo foi 10.ª, com 17,53 metros. No grupo B, Jessica Inchude foi 9.ª classificada, com 17,69 metros.
No final da sua competição, Eliana Bandeira sente-se “grata por estar aqui, foi uma boa temporada, mas aqui, efetivamente, não deu. O meu objetivo era chegar à final, sinto que já tenho capacidade e marca para alcançar esses objetivos. Tentei tudo no primeiro ensaio», afirmou, confessando que o “outro objetivo que tinha era terminar entre as 16 primeiras, se não conseguisse ir à final. Ter ficado de fora por um lugar ou dois centímetros também me deixa um pouquinho desapontada, mas estamos cá para lutar e trabalhar».
Também Jessica Inchude saiu triste de Tóquio. «Foi o possível fazer com as limitações das últimas semanas. Tentei tudo no primeiro ensaio, mas não saiu bem. No segundo ensaio, senti de novo uma dor na mão, uma lesão que me tem apoquentado nas últimas semanas. Trabalhamos muito para estar bem e quando temos um problema, já nada corre bem», afirmou
«Desanimada” sai de Tóquio Auriol Dongmo. «Não estava a cem por cento e isso mexe comigo. Ainda assim tentei dar o máximo no início, mas nunca me senti em condições de competir, senti sempre o corpo mole. Saio desanimada porque esta é a primeira final que não consigo alcançar em toda a minha carreira desportiva», refere. Quanto ao futuro, Auriol vai ter «de analisar este resultado e ponderar bem o que vamos fazer no futuro».
O destino não foi diferente para Emanuel Sousa, que foi 18º classificado no grupo B da qualificação do lançamento do disco, com a marca de 56,97 metros, obtida no terceiro e último ensaio.
«Não deu. No segundo ensaio o disco escorregou da mão, com a humidade o magnésio não servia para muito, mas não há desculpas. Não consegui melhor», afirmou. Ainda assim é relevante o facto “de ser o primeiro português de sempre a estar qualificado para os campeonatos Mundiais. Este é todo um processo de aprendizagem e daqui por dois anos estaremos em Pequim. Espero que a lutar pela final».
As competições continuam na tarde de hoje, com as meias-finais dos 4×400 metros, estando Portugal integrado na segunda corrida, às 19h46.