Presidente Domingos Castro faz balanço positivo de Tóquio’2025

FPA Geral Notícias

21 Set, 2025
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Terminaram hoje em Tóquio os Campeonatos Mundiais de Atletismo ao ar livre. A última prova da época 2024/2025.

Portugal terminou em oitavo lugar no medalheiro, graças às duas medalhas de ouro, fechando em 25º lugar na classificação por pontos (finalistas), com um total de 19 pontos. Esta é a maior pontuação desde 2019.

Os Estados Unidos lideram o medalheiro, com 26 medalhas (16 de ouro, 5 de prata e 5 de bronze), seguidos do Quénia, com 11 medalhas (7-2-2), enquanto o Canadá ocupou a terceira posição, com cinco medalhas (3-1-1).

Já na pontuação, contando os finalistas, Portugal foi 25º (a melhor posição nas últimas sete edições), com 19 pontos. Voltaram a liderar os Estados Unidos, com assombrosos 308 pontos, à frente do Quénia, com 118, e da Jamaica, com 98.

No final dos Campeonatos, o presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, Domingos Castro, atribui «a nota de 9,5 [de zero a dez]” à seleção nacional, E 9,5 porque se não fosse a queda do testemunho acho que daria nota 10. Nós tivemos aqui uma seleção espetacular, com dois campeões do mundo, dois recordes nacionais e presença na final numa estafeta que se estreou, que realmente é uma coisa inédita. Foi o culminar de um ano em que foram batidos 68 recordes nacionais, feito único na história da Federação, que já tem 105 anos. Isto é fruto desta rapaziada, pelo empenho, pela dedicação que eles estão a ter».

«Nós saímos daqui super felizes. Todos se portaram bem. Tenho sempre afirmado que nós temos atletas dos melhores do mundo e se eles são dos melhores do mundo, são candidatos a medalhas e por isso nós ganhamos aqui duas medalhas. Para mim, o nível que eles têm foi normal, mas é evidente que também há aqui a sorte. Hoje tivemos o azar, aqui na estafeta, porque o testemunho caiu. Foi um azar quando eu acreditava que íamos bater novamente um recorde nacional e também acreditava que íamos ficar nos seis primeiros. Por isso eu quero dar os parabéns a toda a comitiva», referiu.

Na oportunidade, Domingos Castro não esqueceu de dar «um agradecimento especial ao governo de Oita, que nos proporcionou condições de excelência para que os nossos atletas estivessem bem preparados, também ao governo português, que na pessoa de Sua Excelência, o senhor Primeiro-ministro, nos recebeu na embaixada de Portugal, com um embaixador que nos deu uma motivação extra».

Na oportunidade, Domingos Castro apelou «ao governo e ao Comité Olímpico de Portugal, do qual também faço parte, para nos ajudar no projeto que é criar a Casa das Seleções na Marinha Grande, estrutura virada para estes atletas, para os jovens. Nós temos uma geração de jovens de ouro, precisamos de os aproveitar, mas para isso temos de criar condições».

«Acredito que nos próximos anos teremos, de novo, um grande potencial no atletismo, em vários escalões», referiu. «O apoio tem de ser dado a vários níveis, desde as infraestruturas ao financiamento», afirmou, aludindo ao facto de haver muitas instalações para a prática do atletismo que necessitam de renovação, bem como mais financiamento, recordando as dificuldades sentidas com as deslocações aos grandes campeonatos que somaram quase um milhão de euros este ano.

Domingos Castro recordou que o atletismo é “a modalidade número um a nível dos Jogos Olímpicos».

Agora é hora de fazer o devido balanço da competição. «Nós tiramos daqui algumas experiências e quando chegarmos a Portugal vamos fazer uma reflexão profunda do que é que esteve bem e o que é que esteve menos bem, para estarmos sempre a melhorar as nossas prestações».

Foto: montagem FPA / Sportmedia

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