Uma enorme “máquina” em recursos humanos e infraestruturas está a postos para receber a competição coletiva mais importante do Velho Continente: o Campeonato da Europa de Nações, na sua versão de elite, que acolhe as oito melhores seleções, no Estádio Nacional de Silésia, região onde se integram as cidades de Katowice (onde estão instalados os hotéis que acolhem as equipas) e Chorzow, local onde está implantado o magnífico estádio que vai acolher a competição, que além da pista principal tem ainda uma pista secundária de apoio.
Bem no centro de Katowice realizou-se a conferência de imprensa de lançamento da competição que, além dos autarcas locais, contou com a presença do presidente interino da European Athletics (EA), o búlgaro Dobromir Karamarinov, e três dos atletas que competem no fim-de-semana, a polaca quatrocentista Justyna Swiety-Ersetic, o saltador italiano Marco Tamberi e a portuguesa Patrícia Mamona, campeã europeia em pista coberta de triplo salto.
Nesta cerimónia, a campeã referiu que, em termos individuais, “o formato da competição é diferente de outros”, referindo-se ao facto de apenas ao fim de três saltos é que os quatro primeiros atletas dispõem de mais um ensaio. Isso “deixa-nos um pouco nervosas”, disse. Felizmente para os atletas, apesar de apenas quatro terem uma quarta ronda de saltos, a verdade é que os resultados anteriores também contam, e a classificação não é só naquele último salto, e Patrícia aposta “num bom resultado pessoal”, afirmando ainda que, em termos coletivos, “os portugueses estão muito orgulhosos de estarem de novo na Super Liga, algo que não acontecia há 19 anos”. “Sabemos que será uma competição dura, mas todos estamos empenhados em conseguir os melhores resultados possíveis. Temos uma seleção com muitos jovens e estamos a passar para eles esta cultura de presença na principal competição coletiva, sendo o objetivo a manutenção na Super Liga”, concluiu.
Portugal, vencedor da Primeira Liga em 2019, apresenta-se como verdadeiro “outsider”, sem os mesmos atributos das grandes nações, mas também estas apresentam alterações de última hora, como são as situações dos polacos Marcin Lewandosky (1500 metros) e Pyotr Lysek (salto com vara). Em todo o caso, são muitas as provas que atraem os 7600 espetadores autorizados a assistir à competição no local, como o lançamento do dardo, que terá a presença de Joannes Vetter, que, em setembro passado, se tornou no segundo melhor de sempre ao alcançar os 97,76 metros, e há poucos dias lançou duas vezes a mais de 90 metros, deixando antever largo domínio numa prova em que estará também Leandro Ramos, o primeiro português a passar os 80 metros.
Entretanto, durante a tarde, os portugueses já fizeram os treinos oficiais na pista principal do Estádio, “tomando” o pulso a este tapete, que os velocistas conhecem muito bem, pois foi neste local que Portugal obteve a medalha de bronze nos 4×200 metros do Mundial de Estafetas, por intermédio de Frederico Curvelo, Delvis Santos, Diogo Antunes e André Prazeres. Deste quarteto, apenas André Prazeres não está nesta seleção.
Mais informações sobre a competição podem ser recolhidas na página oficial da European Athletics (https://european-athletics.com/competitions/european-athletics-team-championships), enquanto as notícias sobre os portugueses continuarão a ser dadas na nossa página oficial.
Os Campeonatos da Europa de Equipas têm agendada transmissão em direto na RTP 2 no sábado (a partir das 14h28) e no domingo (a partir das 12h00).