Equipa de Portugal terminou na quinta posição da nova competição em pista coberta. Individualmente, Evelise Veiga foi o esteio da seleção com triunfo no salto em comprimento com recorde pessoal em pista coberta
Portugal, que nas últimas horas se viu privado da presença de Juliana Guerreiro, terminou na quinta posição do DNA Indoors 2022, a primeira experiência internacional em pista coberta deste novo modelo de atletismo, que decorreu em Glasgow, onde em 2019 se realizaram os Europeus de Pista Coberta.
A seleção nacional começou bem a sua participação, com o terceiro lugar (3.22,36 minutos) da equipa mista de 4×400 metros (João Coelho, Carina Vanessa, Vera Barbosa, Ericsson Tavares); viu Patrícia Silva bater um recorde pessoal nos 800 metros (2.09,02 minutos), sendo quinta classificada; mas conheceu um percalço no peso masculino, com Francisco Belo a perder o primeiro duelo com o espanhol Carlos Tobalina (19,23 m – 19,34 m, respetivamente) e a perder o segundo com Kelly James (16,65 m – nulo), que o levou a lutar pelo 5º e 6º lugares. Nessa “final”, não tremeu, ficou perto de ser nulo, mas conseguiu o melhor resultado da tarde: 20,36 metros.
Ainda a familiarizarem-se com a prova de 2x2x200 metros, Fatoumata Diallo e Paulo Soares levaram Portugal ao quinto lugar (1.44,68 minutos); Rosalina Santos fechou os 60 metros em quarto lugar com 7,41 segundos; no salto em altura, na sua primeira internacionalização, Diogo Oliveira jogou pelo seguro na fase de grupos (1,96 m e 1,98 m), perdendo apenas com o espanhol Xesc Tresens, e na final, na luta pelo 3º e 4º lugares, fez um salto nulo, tal como o seu opositor e dividiram os pontos.
Nos 60 metros masculinos, Diogo Antunes igualou o seu melhor desta época (6,76 segundos), mas não evitou o sexto lugar, ficando a observar depois a excelente corrida de João Vitor Oliveira, terminando em segundo lugar, em 7,82 segundos, igualando o seu melhor deste ano, perdendo apenas para o espanhol Enrique Llopis (7,67 s).
O momento da tarde surgiu com Evelise Veiga. A experiência deste formato que conheceu em 2019, nos Jogos Europeus, deram-lhe a assertividade de encarar a competição de forma séria e não perdeu nenhum duelo, começando logo com um salto de 6,58 metros (recorde pessoal em pista coberta), deixando a concorrência em sentido. No segundo duelo saltou 6,25 e foi à “final” para o 1º e 2º lugares saltando 6,50 (contra 6,15 da galesa Rebecca Chapman).
A tendência de “top-3” manteve-se nos 60 metros barreiras, com Catarina Queirós a fechar em 8,39 segundos, um recorde pessoal para a atleta.
Com tudo isto, Portugal iniciou a última prova, a estafeta de várias distâncias denominada de The Hunt (a perseguição), na quarta posição, onde a Espanha começou com mais de sete segundos de vantagem sobre as outras equipas (mais de 10 segundos sobre Portugal). O quarteto Camila Gomes (800 m), José Carlos Pinto (600 m), Carina Vanessa (400 m) e Frederico Curvelo (200 metros) fechou em quinto lugar com 4.59,47 minutos.
A classificação final ficou assim ordenada: 1.º, Espanha; 2.º, Inglaterra; 3.º Irlanda; 4.º, País de Gales; 5.º, Portugal; 6.º, Escócia.