Dia de apuramentos e recordes de Portugal nas estafetas

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11 Jun, 2024
estafeta_4x400m

Diário de Roma – dia 5 (1) – No erro da Polónia se escreveu direito por linhas tortas, com Portugal a ser apurado para a final dos 4×400 metros dos Campeonatos Europeus de Atletismo, em Roma (Itália). Antes, Agate Sousa apurara-se diretamente para a final do salto em comprimento. Depois, o quarteto feminino dos 4×100 metros bateu o recorde de Portugal.

Foi uma festa na zona mista quando o quarteto português nos 4×400 metros – a esgtreia absoluta se apercebeu de que tinha passado à final! Já lá vamos. Na prova, o quarteto português, composto por Omar Elkhatib, Ricardo dos Santos, João Coelho e Ericsson Tavares fez uma corrida muito boa, com boas transmissões e terminou no sexto lugar da meia-final, com a marca de 3m01s91”, um recorde de Portugal, que superou a anterior melhor marca (3.03,59) registada nos Europeus de Munique em 2022, de um quarteto que tinha Mauro Pereira no lugar de Omar Elkhatib. O resultado de Portughal era então o sétimo melhor de todas as equipas, mas pela classificação estava fora da final. Com a desclassificação da Polónia, Portugal foi qualificado para a final, já na sua posição de justiça, com a sexta marca entre os finalistas, um resultado de nível mundial (15.º no ranking mundial).

“Nós já perseguíamos este resultado há algum tempo, estávamos empenhados em seguir para a final diretamente. Fizemo-lo em termos de marca, mas a classificação, na melhor das séries, deixou-nos de fora”, disse João Coelho, antes de saber do apuramento. Depois deste, Ricardo dos Santos, o mais experiente da equipa, afirmou “que há vários anos que eu sonhava em ter assim atletas com este nível para poder integrar uma equipa de nível mundial. Felizmente estes jovens trouxeram um grande nível à nossa equipa e felizmente estamos na final”, referiu, adiantando, já junto dos companheiros. “Agora, na final queremos melhorar ainda mais e, mantendo este espírito, podemos continuar a trabalhar para estar em finais de todas as competições”, afirmou.

Logo a seguir entrou na zona mista a portuguesa Agate Sousa, que no apuramento do salto em comprimento conseguiu o acesso à final com um salto de 6,72 metros (acima da qualificação, 6,70 m). “Vinha para tentar a qualificação direta, claro. Mas, sinceramente, no meu salto, pensava que tinha feito 7,40 m ou coisa assim, quando vi que era mais fiquei feliz”, referiu a atleta estreante, que está “a viver sentimentos que nunca havia sentido antes, é claro. Estou muito feliz por estar em bom plano. Na final, espero estar bem para poder atacar logo um bom salto e estar na luta pelos melhores lugares”, concluiu.

Triste estava Evelise Veiga, que no grupo B não conseguiu um salto válido. “Há dias em que nada sai bem. Tentei tudo para acertar, mas não consegui e no último salto tinha de arriscar tudo, pois elas estavam a saltar muito”, disse a atleta.

Outro recorde de Portugal do dia caiu nos 4×100 metros femininos. O quarteto português constituído por Lorene Bazolo, Rosalina Santos, Lurdes Oliveira e Íris Silva terminou a sua meia-final com a marca de 43,85 segundos, um recorde nacional, que melhora o anterior máximo 44,27 segundos, obtido no ano passado no Europeu de Seleções, em Chorzow (Polónia), numa equipa que tinha Arialis Martinez em vez de Lurdes Oliveira. “Assim vale a pena todo o esforço”, refere uma sorridente Lorene Bazolo no final da prova, depois de ter corrido anteriormente quatro provas, individualmente, nos 100 e nos 200 metros. “Individualmente, todas nós corremos para o recorde, mas ainda não tinha surgido a oportunidade. Apesar de poucas vezes termos corrido juntas e treinado as passagens, tudo correu bem e mostrou que temos qualidade e podemos vir a alcançar as finais das competições no futuro”, concluiu.

Na continuidade das estafetas, a de 4×400 metros femininos surgiu forte e o quarteto composto por Carina Vanessa, Cátia Azevedo, Sofia Lavreshina e Vera Barbosa terminou em sexto lugar na meia-final, com a marca de 3m29s50”, a 12 centésimos do recorde de Portugal (3.29,38), que já resiste desde os Jogos Olímpicos de Barcelona’1992!

“Ainda não caiu hoje, mas com este espírito de grupo e determinação acreditamos que vaia cair a qualquer momento”, referiu Cátia Azevedo e logo as colegas (também de equipa, no Sporting), vaticinaram que poderá ser no nacional de clubes, já esta época. “Estamos contentes por este resultado, mas sentimos que podemos conseguir mais e chegar a uma final. Temos de continuar a trabalhar para conseguir esse objetivo”, concluíram. Portugal ficou fora da final, em 13.º lugar no conjunto das duas meias-finais.

Já a estafeta de 4×100 metros masculinos terminou a sua meia-final em 39,26 segundos, melhor marca da época. O quarteto foi constituído por Carlos Nascimento, André Prazeres, Delvis Santos e Gabriel Maia. No final, Carlos Nascimento foi o porta-voz. “Conseguimos um bom resultado, com algumas boas transmissões, pese embora o facto de pouco termos treinado e corrido juntos. Sentimos que temos capacidade para correr melhor e, no futuro, com mais prática, porque aqui os detalhes são muito importantes, podemos fazer bem melhor”.

No apuramento do lançamento do dardo, Leandro Ramos com um lançamento de 79,17 metros (ao segundo ensaio) teve de aguardar pelo desfecho do segundo grupo para saber se alcançava a final. “Foi o resultado que saiu. Estou em boa forma, sei que posso fazer um grande lançamento, mas hoje não deu”, afirmou no final.

Fotos FPA / Sportmedia

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