Dois destinos diferentes para as lançadoras do disco portuguesas nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020: Liliana Cá apura-se para a final, Irina Rodrigues ficou pelo caminho, tal como Carlos Nascimento
O primeiro grupo de qualificação do lançamento do disco não foi fácil, com muitas atletas a ficarem bem aquém do que já conseguiram de melhor durante a época. Irina Rodrigues não foi exceção. A atleta do Sporting Clube de Portugal abriu com um ensaio nulo e melhorou depois para 54,60. Estava na 13ª posição. No último ensaio, de tudo ou nada, Irina lançou a 57,03 metros, ascendendo à 11ª posição. Ficando a aguardar pelos resultados do grupo B. Viria a ficar eliminada, terminando em 25º lugar entre todas as competidoras, melhorando sete posições em relação à sua presença em Londres 2012.
No final do apuramento, Irina Rodrigues admitia que a sua terceira presença nos Jogos”não foi uma boa participação. Não me satisfez. Em contrapartida, estou muito feliz pelo apuramento da Liliana Cá para a final do disco. Ela fez uma época extraordinária e merece mutio esta final”.
Com melhores resultados, mais tarde durante a manhã nipónica, o grupo B apenas conheceu uma qualificação direta por marca (acima de 64,00 metros), por intermédio da norte-americana Valarie Allman, que lançou a 66,42 metros. Neste grupo competia Liliana Cá, quye no seu primeiro ensaio conseguiu uma marca melhor que Irina Rodrigues (57,70 metros) deixando-a na 11ª posição.
Mas a atleta do Novas Luzes não tremeu e no segundo ensaio conseguiu 62,85 metros, deixando-a no quinto lugar, sétima na geral! Ainda fez um lançamento nulo (era abaixo de 60 metros) e esperou pelo resto das competidoras. No final, fechou em sexto lugar (oitava entre todas as competidoras). No final da sua prestação, Liliana expressou os seus sentimentos: “obrigado portugueses por me apoiarem. Estou muito feliz e espero dar tudo na final!”
A final do lançamento do disco feminino é na próxima segunda-feira (2 de agosto) às 12 horas. Ver mais no dossier relativo à equipa portuguesa.
Longa a jornada vespertina de apuramento dos 100 metros masculinos. Sete eliminatórias para os três primeiros de cada uma e os três melhores tempos da geral obterem o apuramento as meias finais. Carlos Nascimento foi colocado na terceira eliminatória. O atleta do Sporting Clube de Portugal partiu muito bem, tal como tinha feito na época de inverno, quando chegou à final dos 60 metros dos Europeus de pista coberta, mas não conseguiu melhor que o sétimo lugar na sua série, em 10,37 segundos (vento: +0,1 m/s). O seu terceiro melhor registo da época. Chegado aos Jogos no 80º. lugar do World Ranking terminou na 45ª posição.
Para o velocista português, este “resultado poi positivo, atendendo à época atribulada que vi, com lesões após a pista coberta. Contudo, participar nos Jogos foi sempre o meu objetivo e estou satisfeito por o ter cumprido. Infelizmente não foi o resultado que eu esperava. Numa prova tão rápida há sempre pormenores que fazem toda a diferença. Saio daqui mais forte, mais experiente e a pensar em fazer melhor já em Paris 2024”.
O terceiro dia de atletismo nos Jogos Olímpicos inclui as eliminatórias dos 400 metros masculinos (com Ricardo Nascimento logo na primeira, às 2h45) e duas finais com atletas portuguesas: o peso, com Auriol Dongmo, a partir das 2h35; o triplo, com Patrícia Mamona, ao final da manhã 12h15.
Links:
Livro de estatísticas do atletismo nos Jogos Olímpicos (World Athletics)
Mini site da World Athletics sobre os Jogos Olímpicos