Breve resumo de momentos significativos do atletismo português, desde a sua “pré-história” aos tempos mais recentes.

Referência (e reportagem fotográfica) no Tiro e Sport da organização da Festa no Velódromo de Lisboa. Organização do Campo Grande Football Club.

Assim denominados, os Jogos Olímpicos Nacionais, realizaram-se no Velódromo de Lisboa (Palhavã), com organização da Sociedade Promotora de Educação Física. Antes, em 2 de maio, realizara-se a primeira maratona oficial em Portugal (com 42 800 metros), com triunfo de Francisco Lázaro.

Os primeiros passos para a fundação da FPA foram dados a 24 de setembro, com a criação de uma Comissão Dirigente da Federação de Sports Athleticos, com Salazar Carreira, José Oliveira e Sousa, Carlos Bazilio de Oliveira e Armando Sá. A criação oficial aconteceu dois meses depois.

A primeira seleção internacional portuguesa foi elaborada em 1925, para participar no primeiro “match” Espanha – Portugal, que se realizou em Madrid. Triunfaram os espanhóis. Existem registos de diários madrilenos, com referências ao encontro.

Nota oficial da designação definitiva da Federação Portuguesa de Atletismo, passada pelo Governo Civil de Lisboa, como consta de cópia exibida na entrada da FPA.

A primeira presença portuguesa em Campeonatos da Europa aconteceu na edição de estreia desta competição, que se realizou em Turim, Itália, em 1934.

Na edição realizada em Bruxelas, de 22 a 25 de agosto, Álvaro Dias classificou-se em quarto lugar no salto em comprimento (a marca da qualificação – 7,32 metros, daria para ser campeão). O feito permitiu-lhe ser a capa da popular revista Stadium.

Na primeira edição dos Jogos Ibero-Americanos, realizada em Santiago do Chile, Pedro Almeida, no salto em comprimento, conquistou a primeira medalha (ouro) portuguesa em provas internacionais. Esta prova viria a transformar-se nos Campeonatos Ibero-Americanos.

Os Jogos Olímpicos de Tóquio deram a conhecer o primeiro atleta finalista olímpico, Manuel Oliveira, que terminou em quarto lugar nos 3000 metros obstáculos. Foi uma pequena comitiva, que integrava ainda os atletas José Rocha e Armando Aldegalega.

Carlos Lopes sagra-se campeão mundial de corta-mato em Chepstown (Reino Unido). Já fora o melhor português (24.º) na estreia portuguesa em mundiais, em 1973 em Waregem (Bélgica).

A primeira medalha feminina portuguesa em grandes competições surgiu precisamente na primeira participação feminina em Campeonatos da Europa. Foi obtida por Rosa Mota, que conquistou a medalha de ouro na maratona, em Atenas (Grécia), na primeira vez que se realizou a distância para mulheres em grandes competições.

O meio fundo português obteve pontos altos nos anos 80 e a prová-lo está a obtenção do recorde do Mundo de 10 000 metros por intermédio de Fernando Mamede. Foi no Meeting de Estocolmo, com a presença de Carlos Lopes (segundo classificado).

Paris recebeu a organização dos Jogos Mundiais de Pista Coberta, edição zero (agora aceite pela World Athletics) dos futuros Campeonatos Mundiais. João Campos venceu a prova de 3000 metros, obtendo a primeira medalha de ouro em competições internacionais de pista coberta.

Pouco depois do Mundial de corta-mato, Carlos Lopes participou na Maratona de Roterdão e bateu o recorde mundial da distância, correndo pela primeira vez abaixo das 2h08.

A primeira pista sintética fora de Lisboa foi implantada no Estádio Dr. Vieira de Carvalho, na Maia, e recebeu logo a organização de uma edição da Taça da Europa, que já receberamos em 1973, 1975 e 1983 (sempre em Lisboa), e que depois acolhemos em Viseu (1991), Lisboa (1996) e Leiria (2005, 2008).

O Pavilhão de Exposições em Braga (hoje Altice Fórum) acolheu a primeira competição de pista coberta completa. Um ano antes houve um campeonato de Portugal, em Aveiro, mas só com 60 metros e 60 metros barreiras e as provas técnicas.

Pelo despacho 192/ME/91, do Ministério da Educação, é concedida à Federação Portuguesa de Atletismo a medalha de mérito desportivo.

Em Hechtel, na Bélgica, Fernanda Ribeiro bate o recorde mundial de 5000 metros (que viria a ser batido por uma das chinesas da armada de Ma Juren, sobre a qual recaem suspeitas de tomarem doping).

Era uma aspiração de largos anos, a FPA ter uma sede social própria. Foi inaugurada por sua Excelência o Secretário de Estado do Desporto, Dr. Júlio Miranda Calha, a 21 de dezembro de 1996.

Nesta data, o Secretário de Estado do Desporto, Júlio Miranda Calha, concede à Federação Portuguesa de Atletismo a medalha de Colar de Honra ao Mérito Desportivo

O Presidente da República, Grão-Mestre das Ordens Honoríficas Portuguesas, conferiu à Federação Portuguesa de Atletismo o título de Membro Honorário da Ordem do Infante Dom Henrique.

Nelson Évora, no triplo-salto, conquistou a quarta medalha de ouro olímpica para o atletismo (as únicas medalhas de ouro do desporto português). Foi nos Jogos Olímpicos de Pequim.

Inês Henriques conquistou o primeiro recorde mundial nos 50 km marcha, em Porto de Mós, em 2017, e melhorou-o em agosto (dia 13) desse ano ao conquistar o título mundial em Londres.

Adiados em um ano, devido à pandemia, os Jogos Olímpicos Tóquio 2020 porporcionaram a obtenção de mais duas medalhas para Portugal: Pedro Pichardo sagrou-se campeão olímpico do triplo-salto, com um recorde nacional de 17,98, e Patrícia Mamona conquistou a medalha de prata com a marca de 15,01 no triplo (onze anos depois de ter sido a primeira portuguesa acima dos 14 metros (14,01)