Portugal fecha Mundiais de Glasgow com uma das melhores prestações de sempre: uma medalha, por Tiago Luís Pereira, no triplo-salto, e mais três finalistas: João Coelho, nos 400 metros, Isaac Nader e Salomé Afonso, ambos nos 1500 metros. A estafeta masculina de 4×400 metros foi à final, mas foi desclassificada.
Os feitos dos atletas portugueses resultam num 18º lugar, com um somatório de 17 pontos, a quarta classificação mais alta de Portugal em Campeonatos Mundiais de Pista Curta. Apenas as edições de 2001 (Lisboa), com 22 pontos, Budapeste (2004) e Belgrado (2022) superaram esta presença em pontuação, graças aos títulos mundiais alcançados por Rui Silva, Naide Gomes e Auriol Dongmo.
“O ponto mais alto surgiu com a medalha de bronze de Tiago Luís Pereira, com um novo recorde pessoal em pista coberta”, referiu o ‘team leader’ da equipa, Luís Pereira. “Mas houve outros momentos altos, como os quartos lugares de João Coelho, nos 400 metros, que bateu três recordes de Portugal nos 400 metros, e mais um da estafeta de 4×400 metros, e de Isaac Nader, nos 1500 metros, quase a pisar o pódio. Outro lugar de relevo, o da finalista dos 1500 metros, Salomé Afonso, que também bateu o seu recorde pessoal”, acrescentou.
Contudo, houve outros pontos altos, como a presença da estafeta masculina na final dos 4×400 metros, com um pormenor técnico a ditar a sua desclassificação. E também a estafeta feminina, que bateu o recorde de Portugal, ficando a um lugar de chegar à final respetiva. “São momentos de que nos orgulhamos de poder estar ao serviço de atletas e treinadores que conseguiram estes resultados. Quero ainda enaltecer os resultados de Omar Elkhatib, que bateu o seu recorde pessoal e chegou à meia-final; para o melhor resultado da sua carreira, em mundiais, de Cátia Azevedo nos 400 metros; para Jessica Inchude, que também melhorou a sua prestação em relação ao mundial anterior, acima dos 18 metros; para o 12º lugar de Eliana Bandeira, no peso, na sua estreia, e para as velocistas Lorene Bazolo e Rosalina Santos, que ficaram no segundo terço da classificação”, esclareceu Luís Pereira
O diretor da FPA aproveitou a oportunidade para mostrar “o orgulho que a Federação Portuguesa de Atletismo tem no trabalho destes atletas que aqui demonstraram um grande espírito de grupo e crença nos resultados desportivos de excelência, respetivos treinadores e clubes, que trabalham diariamente para estes desfechos, deixando ainda uma palavra de confiança no trabalho que está a ser feito por atletas que deveriam estar aqui, mas que não o conseguiram por diversas circunstâncias, e uma palavra de motivação para todos aqueles que estão perto de conseguir chegar a este patamar”, concluiu Luís Pereira, no final desta prestação desportiva.
Fotos FPA / Sportmedia