Gabriel Maia segue para as meias-finais nos Europeus Sub-23

FPA Geral Notícias

18 Jul, 2025
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O velocista português foi o melhor dos nossos representantes na jornada matinal do segundo dia dos Campeonatos Europeus de Sub-23, que se estão a desenrolar em Bergen, na Noruega, ao alcançar a meia-final dos 200 metros.

E foi Gabriel Maia o primeiro a entrar em ação, alinhando na quarta eliminatória dos 200 metros, uma das que enfrentaram forte vento contra (-2,7 m/s), terminando em quarto lugar, com 21,20 segundo. O apuramento direto não foi conseguido, mas o apuramento por marca aí estava.

No final da sua terceira corrida em menos de 24 horas (contam eliminatória e meia-final no dia de ontem, nos 100 metros), Gabriel Maia estava satisfeito. “Tive um pouco de sorte em calhar na pista oito, a que gosto mais, onde a curva é menos acentuada e eu gosto disso, de rolar”, afirmou, acentuando essa sua terceira corrida e o resultado de hoje, com vento contra. “Foi um resultado positivo e é, certamente, equivalente ao meu recorde pessoal [20,98 s]. Agora é mais uma meia-final que consigo atingir e, se o vento estiver mais ‘calminho’ e se conseguir melhorar a partida, que é algo que estamos sempre a tentar fazer, acredito que volto aos 20 segundos. Agora tenho cerca de 24 horas para recuperar e enfrentar essa meia-final”, concluiu o atleta. A meia-final dos 200 metros será amanhã (dia 19), a partir das 09h40 (hora portuguesa).

Logo depois, nos 200 metros, Lurdes Oliveira (24,08 segundos como melhor esta época) não conseguiu chegar à meia-final, sendo sétima classificada na terceira eliminatória, com 24,69 segundos (v: -2,2 m/s). A atleta não partiu mal, mas na reta da meta parecia que estava a correr contra uma parede”, ainda conseguiu dizer, na zona mista, onde demorou muito tempo a recuperar.
Mais tarde, nas meias-finais dos 3000 metros obstáculos, as duas portuguesas presentes não conseguiram chegar às meias-finais. Petra Santos, incluída na primeira corrida, não conseguiu acompanhar o ritmo das atletas da frente e apenas conseguiu surgir mais à vontade na última volta, para terminar em 10º lugar com a marca de 10m11s92”.

“Começámos muito lento, aí eu estava bem, mas depois, com as mudanças de ritmo, sempre a travar e a recuperar nas passagens dos obstáculos, a correr por dentro e por fora, não me senti bem. Não é o que estou acostumada em Portugal, onde somos muito menos. Não foi a corrida que eu queria, gostava de melhorar o meu recorde pessoal, mas foi uma boa experiência no meu primeiro Europeu”, referiu a atleta no final.

Quanto a Beatriz Rios, depois das primeiras voltas em que acompanhou o grupo da frente, embora a correr nas pistas de fora, foi perdendo lugares e terminou na 12.ª posição, com a marca de 10m46s43”.

“Andei ali por fora para abordar melhor os obstáculos. Não estou habituada a tantas atletas em competição e estava ali por uma questão de segurança. Estava a sentir-me bem. Depois fui ficando pior. Estava um bocado condicionada fisicamente, mas nos últimos dois dias estava a sentir-me melhor. Depois de passar a primeira vala, fui piorando e não conseguia correr ao melhor ritmo”, afirmou no final, concedendo que tinha vários objetivos, entre eles o recorde pessoal, “ainda há uma semana bati o meu recorde pessoal e numa semana não se perde a forma”.

O mesmo destino foi escrito para as atletas portuguesas nos 1500 metros, que não conseguiram o acesso à final. A melhor foi Rita Figueiredo, que na última das meias-finais foi 9.ª classificada, com um recorde pessoal (4m17s09”). Recorde pessoal também para Marta Castro, na segunda das meias-finais, com a marca de 4m18s52”, terminando em oitavo lugar. Sem recorde pessoal ficou Maria Miguel Avelino, 11.ª na primeira das meias-finais, cortando a meta em 4m27s25”.

No final, as três atletas coincidiam no facto de terem passado “por uma experiência fantástica, de muita aprendizagem”, mas individualmente o sentimento final era diferente. “Estou muito feliz, nem estou bem a acreditar. Eu e a minha mãe [Fátima Figueiredo] sabíamos que estava a valer mais, mas não conseguia corridas rápidas o suficiente para chegar até aqui. Hoje, acreditei do início até ao fim e fui recompensada com estes 4m17s rasos. Pensava chegar aos 4.18, mas assim foi melhor. Estes anos de treino sozinha foram difíceis e desafiante e nem sempre soube se iria continuar, felizmente consegui estar aqui”, concluiu.

Também contente estava Marta Castro. “O objetivo era correr com a minha melhor performance e consegui. Sabia que era difícil o acesso à final, mas tentei arriscar e partir rápido. Estou contente porque esta época tem corrido, bem, tenho melhorado e seguido sempre as indicações do meu treinador”, referiu.
Diferente o pensamento de Maria Miguel Avelino. “Foi uma corrida muito sofrida. Estou um pouco desiludida com a minha prova. Não era isso que eu ambicionava, sabia que era muito difícil passar à final, mas vinha com o objetivo de bater o recorde pessoal. Não foi possível”, disse no final.

Nos 800 metros masculinos, David Garcia estava na última das meias-finais. As duas primeiras foram muito rápidas e na última o ritmo foi mais lento, a pensar na qualificação direta (dois primeiros). À entrada da reta da meta David Garcia estava bem colocado, mas não conseguiu acompanhar a velocidade dos primeiros, terminando em sexto lugar, com a marca de 1m47s82”.

“O ritmo da primeira volta foi bom, passámos a 53 segundos, eu estava bem e acreditei que podia passar nos dois primeiros lugares. Mas, na reta final, não consegui ser mais rápido do eles. Não foi nada psicológico, foi mesmo as pernas, não dava para correr mais forte”, disse no final.

Fotos FPA / Sportmedia

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