Isaac Nader fez soar o hino português em Tóquio

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18 Set, 2025
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Na Praça das Medalhas, situada mesmo na entrada principal do Estádio Nacional do Japão, num palco multimédia, o português Isaac Nader fez ouvir “A Portuguesa” nos Campeonatos Mundiais de Tóquio 2025.

Isaac Nader foi para a cerimónia junto de Salomé Afonso e do seu treinador Enrique Pascual. Nos bastidores foi preparando o momento. Duas cerimónias a antecederem a dos 1500 metros e finalmente Isaac Nader sobe ao palco e recebe a medalha das mãos do presidente da World Athletics, Sebastian Coe, também ele uma antiga figura na distância (bicampeão olímpico). E, depois, o hino nacional e as bandeiras desfraldadas (agora eletronicamente).

«É um sonho de criança. Tive de me controlar um pouco, não queria chorar, não é muito a minha coisa, mas não se explica. A medalha de ouro permite ouvir o hino nacional, no futebol ouve-se no início do jogo, nós só ouvimos se ganharmos».

Desafiado sobre o sentir-se campão, sentir o hino e se subir ao degrau mais alto do pódio o deixa com mais ânimo para vir a escutar o hino como campeão olímpico, Isaac Nader afirma que «a vontade é a mesma. Esse é o meu maior sonho, ser campeão olímpico é o meu maior sonho, pode acontecer ou não, mas tudo farei o que estiver ao meu alcance para concretizar esse sonho».

Praticamente sem dormir, recebendo mensagens de todo o lado «que infelizmente ainda não correspondi», Isaac lá deixou a zona mista, mas à saída tinha dezenas de fãs a pedir para tirar selfies ou para um simples autógrafo.

Mariana Machado não consegue apurar-se para a final

Ainda as emoções do pódio não estavam passadas e já Mariana Machado estava a correr na segunda meia-final dos 5000 metros, terminando no 20.º lugar, com 15m39s61”.

No final da prova, Mariana Machado assumiu que nunca esteve dentro do ritmo da prova. «Saio daqui insatisfeita, triste, desiludida, foi uma época difícil, apesar de ter começado de uma forma muito boa, ter batido recorde nacional dos 10 km, ter baixado dos 15 minutos aos 5000 metros. Depois passei por uma cirurgia, uma apendicite, passei o mês de junho sem treinar, estava num momento de forma muito em baixo, tentei ao máximo melhorar, estou há dois meses fora de casa, fiz um estágio de altitude, para tentar melhorar a minha forma o máximo possível. Esse período não foi suficiente, senti falta de ritmo, nunca entrei na corrida”, afirmou, notando que “este foi apenas um dia mau”, sai do Japão ainda com mais vontade para trabalhar.

Mariana também cumpriu o estágio de aclimatação em Oita e já está há umas semanas no Japão. «Estou a gostar de estar no Japão, tenho muito boas memórias do continente asiático. Foi na China que me tornei campeã do Mundo Universitária, baixei pela primeira vez dos 15 minutos, ambicionava aqui no Japão de voltar a baixar dos 15 minutos, o povo japonês é muito acolhedor, fomos muito bem recebidos, sou muito grata pela forma como esta organização tem gerido este Campeonato do Mundo e peço desculpa se alguma vez fui mal interpretado por alguma atitude minha, mas estou a gostar muito desta cultura, do ambiente, e sem dúvida é um país ao qual desejo voltar», concluiu.

Final do triplo com Pedro Pichardo na sexta-feira

O dia de amanhã apenas comporta a presença de um atleta, Pedro Pichardo, o campeão mundial em 2024, na final do triplo-salto, que se realizará às 12h55 (hora portuguesa).

Os portugueses podem acompanhar estes Campeonatos através da RTP 2 e RTP Play, com a transmissão em direto, com os resultados a serem publicados na página da World Athletics.

Quanto aos atletas portugueses, iremos publicando no site da FPA e nas redes sociais.

Fotos FPA / Sportmedia

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