Diário dos Mundiais – O dia de hoje foi consagrado ao treino dos atletas portugueses, com uma pequena necessidade protocola, de apresentar a equipa portuguesa aos participantes de uma competição escolar e aos seus acompanhantes na bancada do estádio.
Na área dos lançamentos, Liliana Cá, Jessica Inchude e Tsanko Arnaudov demonstraram a técnica de lançamentos para admiração do jovem público que estava preparado para a competir. Após cada lançamento, diversos aplausos e a satisfação de um dia memorável para alguns. A simpatia nipónica foi devolvida pela simpatia dos portugueses em todo o tempo.
Sem interferências no desenrolar da competição, os portugueses puderam fazer o seu treino, na pista secundária, na zona de lançamentos e do ginásio.
Após as séries de 100 metros, a comitiva portuguesa, em conjunto, dirigiu-se ao centro do estádio, na pista, e agradeceu, através do dirigente Ricardo Vale, todo o “apoio prestado por Oita a este grupo, pela qualidade das instalações disponibilizadas”, dando os parabéns aos organizadores deste evento, “pela qualidade e profissionalismo demonstrados no desenrolar desta iniciativa, que tivemos oportunidade de acompanhar”.

Após o treino, foi tempo de falar um pouco com o recordista nacional dos 3000 metros obstáculos, Etson Barros, que fará a sua estreia em mundiais.
Mas, para já, importava saber como se estava ele a dar com esta experiência, e como ultrapassou a diferença dos fusos horários.
“Na verdade, adaptei-me muito bem ao fuso horário. Durante a viagem dormi bastante, fui fazendo essa adaptação. No primeiro dia também fui aproveitando as horas certas e tenho conseguido sempre dormir oito horas”, afirmou o atleta algarvio, para quem o calor não é surpresa.
Surpreendente foi, afirma, “a alimentação estar a ser baseada ao que costumamos comer, massa, carne, arroz, não é muito a comida típica de cá, noodles e peixe cru. Até isso tem sido positivo”.
E, até se adaptou bem a comer com pauzinhos, “já sabia comer em Portugal e já estou profissional”.
Confrontado com a cultura nipónica, Etson observa “que a cultura deles é muito diferente de Portugal, respeitam-se muito uns aos outros, são muito rigorosos. Para nós é muito positivo contactarmos com diferentes culturas e podermos aprender sempre qualquer coisa”.
Os portugueses viveram e observaram a competição escolar no Estádio de Oita. Etson, que treinou na área circundante do estádio, observou bem esta manhã diferente.
“Nesta iniciativa notei que são muitos atletas, empenhados e concentrados. Observei que o desporto aqui é bastante agradável. Onde treinámos, passamos por zonas de outras modalidades e vimos muitos outros praticantes de outras modalidades. Sobre a ação no estádio vi que eles levam isto muito a rigor”.
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