As medalhas olímpicas do atletismo português

História Notícias TÓQUIO 2020

5 Ago, 2021
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O atletismo português já conquistou 11 medalhas em 22 participações nos Jogos Olímpicos. Quatro são de ouro, três de prata, e quatro de bronze. Esta é uma pequena resenha das nossas medalhas, com os textos resumo do livro de estatística sobre os JO produzido pela World Athletics.

PRATA, 1976, CARLOS LOPES, 10 000 METROS (27.45,17)

Yifter, Gammoudi e os quenianos falharam os Jogos por causa do ao apartheid da África do Sul, deixando o favorito Lasse Viren com uma tarefa mais fácil do que seria com eles. Nenhuma das eliminatórias foram corridas abaixo de 28 minutos, com o mais rápido a ser Simmons com 28.01,82. O mais lento foi Olmeus Charles (HAI), que marcou 42.00,11 na série 1, que atrasou a segunda série em mais de 14 minutos.
Lopes liderou boa parte da primeira metade da final, passando aos 5000 m em 14.08,9, com 10 homens no grupo principal. O ritmo começou a aumentar com quilómetros de 2.43,4 e 2.44,1, e agora apenas Foster e Viren estavam na frente. Depois de mais um quilómetro rápido (2.43,9) Foster, que quase perdeu o início da corrida com um ataque de diarreia, começou a desaparecer. Viren continuou à espera, enquanto Lopes passava os 9000 metros em 25.02.0. Viren atacou aos 450 metros ultrapassando Lopes e a vencer com 25 metros de vantagem, com uma última volta de 61,3 segundos.

Montreal, 26 julho 1976
1, Lasse Viren FIN 27:40.38
2, Carlos Lopes POR 27:45.17
3, Brendan Foster GBR 27:54.92
4, Tony Simmons GBR 27:56.26
5, Ilie Floroiu ROU 27:59.93
6, Mariano Haro ESP 28:00.28
7, Marc Smet BEL 28:02.80
8, Bernie Ford GBR 28:17.78
(Atletas: 41; Países: 26; Finalistas: 16)

BRONZE, 1984, ROSA MOTA, MARATONA (2:24.52)

Com um dia nublado quente (24 ° C), pensou-se que um tempo muito rápido era improvável, mas Benoit tinha uma opinião diferente e ela dominou a corrida. Benoit fugiu após as três primeiras milhas, liderando aos 5 km por 6 segundos, seguida de Waitz, Kristiansen e Mota. Waitz, campeã do Mundo, sentiu que o ritmo estava muito rápido e deixou Benoit afastar-se. A americana, que alcançou a melhor marca mundial de 2:22.43 em 1983, aumentou seu ritmo depois dos 10 km em 35.24, cobrindo os próximos 10km em um quase inacreditável (em 1984) 33.08. Ela então liderou por 1,12 minutos sobre Mota, com as duas norueguesas 60 metros atrás. Não houve desaceleração nos próximos 10 km (33.51), com o trio perseguidor 1.51 minutos atrás. Benoit quebrou na quarta seção de 10 km (34:51), perdendo 24 segundos, e ela terminou 1.26 minutos à frente de Waitz, tendo corrido com o segundo tempo mais rápido de todos os tempos. A batalha pelas medalhas seguintes foi determinada logo após a marca de 30 km, quando Waitz fugiu a Kristiansen. Rosa Mota passou a segunda norueguesa após os 40 km, estabelecendo um recorde português. Cada um dos finalistas do quinto ao 10º lugar obteve os melhores resultados de sempre.

Los Angeles, 5 agosto 1984
1, Joan Benoit USA 2:24:52 OR
2, Grete Waitz NOR 2:26:18
3, Rosa Mota POR 2:26:57
4, Ingrid Kristiansen NOR 2:27:34
5, Lorraine Moller NZL 2:28:34
6, Cilla Welch GBR 2:28:54
7, Lisa Martin AUS 2:29:03
8, Sylvie Ruegger CAN 2:29:09
(Atletas: 50; Países: 28)

BRONZE, 1984, ANTÓNIO LEITÃO, 5 000 METROS (13.09,20)

O mais rápido nas duas rondas preliminares foi Aouita, o favorito, que venceu a meia final com 13,28,39, à frente do recordista mundial Moorcroft (13.28,44) e do campeão de 1500m John Walker (13.28,48). Na final, Ezequiel Canário (POR) liderou os 1 000m em 2.37,3, com Leitão assumindo a liderança como parte de um plano de equipa. Leitão liderou com passagens em 5.17,8, 7.59,3 e 10.38,8. Apenas Aouita, Ryffel, Hutchings e os dois quenianos ainda estavam na disputa. A penúltima volta de Leitão em 60,1 derrotou todos exceto Aouita e Ryffel, com o marroquino a ultrapassá-lo a 250m do fim e depois passado ainda por Ryffel na curva final, executando seus últimos 400m em 55,0. O tempo de Aouita foi o terceiro mais rápido de todos os tempos.

Los Angeles, 11 agosto 1984
1, Saïd Aouita MAR 13:05.59 OR
2, Markus Ryffel SUI 13:07.54
3, Antonio Leitão POR 13:09.20
4, Tim Hutchings GBR 13:11.50
5, Paul Kipkoech KEN 13:14.40
6, Charles Cheruiyot KEN 13:18.41
7, Doug Padilla USA 13:23.56
8, John Walker NZL 13:24.46
(Atletas: 56; Países: 40; Finalistas: 14)

OURO, 1984, CARLOS LOPES, MARATONA (2:09.21)

Tempo quente (27 ° C), em condições perfeitas para esta corrida ser vencida por de Castella à frente do enigmático Toshihiko Seko, do Japão. Um grupo passou aos 10 km em 31,15 e aos 20 km em 1:01.26, com outro favorito, Alberto Salazar, dos EUA, a ficar para trás. O grupo perdia elementos, mas uma dúzia ainda estava na luta aos 30 km (1:33.02). Seko, Robleh e de Castella ficaram para trás pouco antes dos 35 km, e Lopes afastou-se com 5 km para correr. Com 5 km em 14:33, ficava à frente com 22 segundos de vantagem. Tornando-se o atleta mais velho a vencer a maratona olímpica, aos 37 anos, Lopes venceu por 35 segundos.

Los Angeles, 12 agosto 1984
1, Carlos Lopes POR 2:09:21 OR
2, John Treacy IRL 2:09:56
3, Charlie Spedding GBR 2:09:58
4, Takeshi Soh JPN 2:10:55
5, Rob de Castella AUS 2:11:09
6, Juma Ikangaa TAN 2:11:10
7, Joseph Nzau KEN 2:11:28
8, Djama Robleh DJI 2:11:39
(Atletas: 107; Países: 60)

OURO, 1988, ROSA MOTA, MARATONA (2:25.40)

Esperava-se que fosse uma batalha a quatro entre Mota, Waitz, Dörre e Martin. Um grupo de nove corredoras estava ainda ativo depois da meia maratona (1:12:20), e o primeiro sinal veio da saída de Waitz, aos 30 km, devido à lenta recuperação da cirurgia ao joelho no mês anterior. Aos 35km, as três primeiras tinham ainda a companhia de Polovinskaya, mas a ucraniana (entãio em rerpesentação da União Soviétiva) começou a ficar para trás logo após os 36 km. Rosa Mota atacou a 4 km do fim, vencendo com 60 m de avanço sobre Martin (depois Ondieki, por casamento) e Dörre mais atrás.

Seoul, 23 setembro 1988
1, Rosa Mota POR 2:25:40
2, Lisa Martin AUS 2:25:53
3, Katrin Dörre GDR 2:26:21
4, Tatyana Polovinskaya URS 2:27:05
5, Zhao Youfeng CHN 2:27:06
6, Laura Fogli ITA 2:27:49
7, Danièle Kaber LUX 2:29:23
8, Maria Curatolo ITA 2:30:14
(Atletas: 69; Países: 39)

OURO, 1996, FERNANDA RIBEIRO, 10 000 METROS (31.01,63)

Depois de uma eliminatória cautelosa, vencida por Wami em 32.20,92 minutos, Tulu venceu a outra série com o tempo mais rápido sempre em eliminatórias com 31.35,90. Catherina McKiernan (IRL) liderou nos três primeiros quilómetros da final (9.17,21). A campeã mundial Ribeiro havia assumido aos 5000m, liderando um grupo de 10 em 15.35,85, quase exatamente ao mesmo tempo que na final de 1992.
Barsosio e Julia Vaquero (ESP) os próximos três quilómetros, mas Ribeiro estava de volta à frente aos 9 000 m, apenas com Wang e duas etíopes na ilharga. A 500 metros do final, Wang, campeã mundial em 93 e detentora do recorde mundial, fez sua jogada e apenas ficou com ela Fernanda Ribeiro. Quando ambas entraram na reta da meta Ribeiro viu um “buraco no interior”, por onde disparou e venceu por 6 metros, batendo o recorde olímpico. Ribeiro recebeu fortes aplausos pelo seu espírito de luta e derrotando a chinesa, que parecia invencível.

Atlanta, 2 agosto 1996
1, Fernanda Ribeiro POR 31:01.63 OR
2, Wang Junxia CHN 31:02.58
3, Gete Wami ETI 31:06.65
4, Derartu Tulu ETI 31:10.46
5, Masako Chiba JPN 31:20.62
6, Tegla Loroupe QUE 31:23.22
7, Yuko Kawakami JPN 31:23.23
8, Iulia Negură ROM 31:26.46
(Atletas: 35; Países: 19; Finalistas: 20)

BRONZE, 2000, FERNANDA RIBEIRO, 10 000 METROS (31.01,63)

Em quase 20 das 25 voltas da final, Paula Radcliffe liderou. Apenas não esteve na frente em dois: 8 e 10 km. E saiu sem medalha. Radcliffe liderou os 5 km em 15.05,70, com cinco atletas no grupo da frente. Loroupe ficou para trás no último quilómetro, vítima das mudanças de liderança e do aumento do ritmo na frente. Tulu assumiu a liderança logo após o sino deixando para trás Wami e a campeã olímpica de 1996, Fernanda Ribeiro. As três primeiras obtiveram as suas melhores marcas de sempre (até então).

Sydney, 30 setembro 2000
1, Derartu Tulu ETH 30:17.49 OR
2, Gete Wami ETH 30:22.48
3, Fernanda Ribeiro POR 30:22.88
4, Paula Radcliffe GBR 30:26.97
5, Tegla Loroupe KEN 30:37.26
6, Sonia O’Sullivan IRL 30:53.37
7, Li Ji CHN 31:06.94
8, Elana Meyer RSA 31:14.70
(Atletas: 41; Países: 32; Finalistas: 20)

PRATA, 1976, FRANCIS OBIKWELU, 100 METROS (9,86)

Apenas duas das eliminatórias da primeira rodada foram vencidas com um tempo mais lento do que 10,20 segundos, com Crawford a ser o mais rápido em 10,02 s. Crawford foi novamente o mais rápido na ronda seguinte, desta vez com 9,89, tal como Obikwelu (9,93), Gatlin (9,96) e Greene (9,93) que venceram as suas séries em menos de 10 segundos.
O favorito da corrida, Powell, terminou atrás de Greene em 9,99 s, mas parecia estar a guardar-se. Crawford venceu a primeira meia final (10,07 / -1,6), dizendo “Vamos, garoto” para encorajar o parceiro de treino Gatlin, com 20 metros para o final. Na outra série, Powell (9,95) venceu Obikwelu (9,97) e Greene (9.97).
Na final, Collins, Gatlin e Crawford tiveram as melhores saídas, e aos 60 metros, Gatlin assumiu a liderança. Crawford e, em particular, Powell não estavam tão descontraídos como nas corridas anteriores. Obikwelu e Greene terminaram mais rápido, com Obikwelu, a ser o medalhado de 100 m mais alto de todos os tempos (1,95 m), inclinando-se um pouco à frente do campeão de 200 m e centímetros atrás de Gatlin. Nunca, anteriormente alguém terminara em terceiro lugar, abaixo de 9,90 s, nesta final, Crawford foi quarto em 9,89 segundos.

Athens, 22 agosto 2004
vento:
+0.6 m/s
1, Justin Gatlin USA 09.85
2, Francis Obikwelu POR 09.86
3, Maurice Greene USA 09.87
4, Shawn Crawford USA 09.89
5, Asafa Powell JAM 09.94
6, Kim Collins SKN 10.00
7, Obadele Thompson BAR 10.10
Aziz Zakari GHA DNF
(Atletas: 82; Países: 64; Finalistas: 8)

BRONZE, 2004, RUI SILVA, 1 500 METROS (3.34,68)

Desde Sydney, El Guerrouj continuou como o melhor do mundo, mas caiu para o oitavo lugar em Roma em 2 de julho, a sua primeira derrota em quatro anos. Embora ele atribuísse essa perda a um ataque de asma, muitos sentiram que poderia nunca estar destinado a ganhar o ouro olímpico. Nas eliminatórias viu a eliminação do principal americano, Alan Webb e a estrela francesa Mehdi Baala. El Guerrouj venceu de forma impressionante a sua série em 3.37,86 minutos, e uma meia final tática em 3.40,87. O homem que o tinha vencido duas semanas antes, em Zurique, Lagat fez as suas corridas em 3.39,80 (apesar de perder um sapato) e 3.35,84.
Ninguém quis liderar o ritmo na final e os 400m passaram-se em 60,42 segundos, antes que o ritmo diminuísse. Aos 600 metros Estévez liderou, com El Guerrouj por perto. O marroquino começou a sua investida com 800 metros para correr, seguido por Lagat, Wondimu, o adolescente etíope e Heshko.
O ritmo na penúltima volta foi alucinante, e apenas Lagat estava na luta junto com Heshko. Rui Silva começou então a chegar-se à frente num sprint magistral. Lagat ficou ombro a ombro com El Guerrouj enquanto os dois lutavam pelos últimos metros. Lagat quase passou a 40 metros do final, mas não resistiu muito mais. Atrás deles, Silva foi o mais rápido de todos, conquistando sete lugares na última volta. Os últimos 800 para os três homens tiveram 1: 46,7 (Guerrouj e Lagat) e 1.46,3 (Silva). Na sua terceira final, El Guerrouj finalmente triunfou.

Atenas, 24 agosto 2004
1, Hicham El Guerrouj MAR 3:34.18
2, Bernard Lagat KEN 3:34.30
3, Rui Silva POR 3:34.68
4, Timothy Kiptanui KEN 3:35.61
5, Ivan Heshko UKR 3:35.82
6, Michael East GBR 3:36.33
7, Reyes Estévez ESP 3:36.63
8, Gert-Jan Liefers NED 3:37.17
(Atletas: 38; Países: 25; Finalistas: 12)

OURO, 2008, NELSON ÉVORA, TRIPLO-SALTO (17,67)

Quatro saltadores passaram de 17,00, mas não conseguiram qualificar-se, como o cubano Alexis Copello, sendo o eliminado que mais longe saltou em todos os tempos (17,09 m). Uma dúzia superou a marca de qualificação, entre eles o britânico Idowu, com fáceis 17,44 m. O campeão mundial de pista coberta, invicto em 2008, era o favorito, e mostrou com uma liderança logo ao primeiro ensaio em 17,51 m.
O campeão do Mundo de 2007, Évora, melhorou de 17,31 m para 17,56 m na segunda ronda para assumir a liderança, e foi seguido pelos 17,52 m de Girat. Sands produziu um recorde das Bahamas com 17,59 m na terceira ronda, imediatamente após Idowu saltar 17,62 m. Évora mostrou sua capacidade competitiva com 17,67 m na ronda 4. O saltador português efetivamente esvaziou a competição e ninguém mais foi capaz de ir além de 17,32, e assim ganhou o primeiro ouro ou medalha de Portugal em disciplinas técnicas.

Pequim, 21 agosto 2008
1, Nelson évora POR 17.67
2, Phillips Idowu GBR 17.62
3, Leevan Sands BAH 17.59
4, David Girat CUB 17.52
5, Marian Oprea ROU 17.22
6, Jadel Gregório BRA 17.20
7, Larry Achike GBR 17.17
8, Viktor Kuznetsov UKR 16.87
(Atletas: 39; Países: 27; Finalistas: 12)

PRATA, 2021, PATRÍCIA MAMONA, TRIPLO-SALTO (15,01)

Quando Patrícia Mamona, no final do apuramento, disse que ia dar tudo na final, poucos esperariam um concurso deste elevado nível. Talvez apenas ela e o seu treinador e quem mais a acompanha de perto no dia-a-dia. Patrícia Mamona, atleta do Sporting Clube de Portugal, entrou no estádio e, para a câmara que a filmava, fez um coração com as mãos, e logo no primeiro salto deixou tudo boquiaberto: recorde de Portugal de 14,91 metros! O anterior recorde (14,66 m) melhorado em 25 centímetros. Era a resposta ao salto da venezuelana Yulimar Rojas que fez 15,41 m, recorde olímpico. As duas primeiras estavam encontradas. Mas o melhor estava para vir.
Patrícia nunca mais deixou o segundo lugar. Depois de um salto não conseguido de 12,30 e do terceiro salto nulo, Patrícia abriu as rondas finais com outro recorde de Portugal, desta vez mais impressionante: 15,01 metros! E depois ainda saltou a 14,66 e 14,97! Enorme progressão de Patrícia Mamona, a primeira portuguesa a saltar acima de 15 metros e logo numa final olímpica para conseguir a medalha de prata. Esta foi a terceira presença da atleta treinada por José Uva desde o primeiro momento no atletismo. Depois do 13.º lugar em Londres 2012 e do sexto lugar no Rio 2016, a medalha mais merecida para a campeã da Europa em título, ao ar livre e pista coberta.
Ao último ensaio a venezuelana Yulimar Rojas bateu o recorde do Mundo do triplo-salto com a marca de 15,67 metros, superando o anterior máximo de Inessa Kravets (15,50) que iria fazer 26 anos a dia 10 de agosto. A terceira classificada foi a espanhola Ana Peleteiro, que bateu o recorde de Espanha com 14,87 metros!

Tóquio, 1 agosto 2021
1, Yulimar Rojas VEN 15.67 WR
2, Patrícia Mamona POR 15.01
3, Ana Peleteiro ESP 14.87
4, Shanieka Ricketts JAM 14.84
5, Liadagmis Povea CUB 14.70
6, Hanna Minenko ISR 14.60
7, Keturah Orji USA 14.59
8, Kimberly Williams JAM 14.51
(Atletas: 34; Países: 23; Finalistas: 12)

OURO, 2021, PEDRO PICHARDO, TRIPLO-SALTO (17,98)

O atletismo português conquistou a sua quinta medalha de ouro nos Jogos Olímpicos: Pedro Pichardo venceu a final do triplo-salto de Tóquio 2020 com a marca de 17,98 metros
Na sua estreia nos Jogos Olímpicos, Pedro Pichardo dominou totalmente a competição: foi o melhor no apuramento e na final, logo ao primeiro salto, chegou à liderança, que nunca mais perdeu. Nesse salto, o atleta do Sport Lisboa e Benfica chegou aos 17,61 metros (vento: +0,4 m/s). Ainda era muito cedo para o saber, mas seria suficiente para ser campeão olímpico. O que mais perto, o argelino Yasser Mohamed Triki, saltou 17,30.
No ensaio seguinte, Pichardo repetiu a marca (17,61 m) e ficou a ver a concorrência lutar pelas medalhas, primeiro o chinês Yaming Zhu, depois Hughes Fabrice Zango, e também o norte-americano Will Claye. Ao terceiro salto, resolveu a questão: 17,98 metros (vento nulo), estava batido o recorde de Portugal (o anterior era dele, de 17,95 m), alcançada a melhor marca mundial do ano ao ar livre, e o terceiro salto mais longo de sempre das finais olímpicas, depois dos 18,17 ventosos de Mike Conley em 1992 e dos 18,09 (recorde olímpico) de Kenny Harrison em 1996.
Na final, medalha de prata para o chinês Yaming ZHu, com 17,57 m (recorde pessoal) e o bronze foi para Hughes Fabrice Zango, do Burkina Faso (17,47 m), que tinha alcançado a medalha de bronze nos mundiais de 2019, impedindo o pódio a Pichardo.
Esta final do triplo foi impressionante com seis dos sete primeiros a conseguirem as suas melhores marcas do ano ou de sempre!

Tóquio, 5 agosto 2021
1, Pedro Pichardo POR 17.98
2, Yaming Zhu CHN 17.57
3, Hugues Fabrice Zango BUR 17.47
4, Will Claye USA 17.44
5, Yasser Mohamed Triki ALG 17.43
6, Necati Er TUR 17.25
7, Donald Scott USA 17.18
8, Yaoqing Fang CHN 17.01
(Atletas: 31; Países 19; Finalistas: 12)

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