FPA assina protocolo para requalificação do Estádio Nacional

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14 Jul, 2023
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Foi hoje, 14 de julho, assinado, na Tribuna de Honra do Estádio Nacional, no Jamor, Oeiras, um protocolo de cooperação entre a Federação Portuguesa de Atletismo, a Federação Portuguesa de Râguebi, a Federação Portuguesa de Futebol e o Governo, para a requalificação desta infraestrutura histórica. A cerimónia de assinatura do protocolo contou com a presença do Primeiro-Ministro de Portugal, António Costa; da Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes; do Diretor-Geral do Património Cultural, João Carlos Santos; do secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Correia: do presidente do IPDJ, Vítor Pataco; dos presidentes das Federações Portuguesas de Atletismo, Râguebi e Futebol, respetivamente, Jorge Vieira, Carlos Amado da Silva e Fernando Gomes; e do presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais.

Depois do presidente do município anfitrião ter reforçado a aposta do Município de Oeiras no Desporto e no Complexo Nacional e Desportivo do Jamor, particularmente no Estádio Nacional, mostrando-se disponível para continuar a apoiar economicamente esta infraestrutura, foi a vez do presidente da Federação Portuguesa de Atletismo usar da palavra, em nome das três federações, começando por recordar a importância histórica e desportiva desta infraestrutura que já conta 80 anos. “Muitos atletas de todo o país convergiram aqui, isto porque, durante muito tempo era no Estádio Nacional que existia a única pista do país com piso sintético apropriado para a prática de atletismo de alto nível. Portanto, era com grande esforço que esses atletas o faziam e, acredito, que na origem daquilo que é hoje a nossa modalidade esteve esta resiliência e dedicação”, sublinhou Jorge Vieira.

Sobre a assinatura do protocolo, o presidente da FPA, destacou que este “não é um simples protocolo, porque carrega o simbolismo da memória carregada de sentido para o desporto português” e aproveitou para reforçar que, depois de uma realidade na qual “existia aqui a única pista do país até 1982, hoje deparamo-nos com o facto de a capital não dispor de uma pista de atletismo capaz de acolher uma competição nacional completa”. Assim, Jorge Vieira terminou a sua intervenção revelando a sua expetativa de que este protocolo permita “modernizar, requalificar e revitalizar o Estádio Nacional, permitindo que nele sejam realizadas competições ao mais alto nível nacional e internacional”, o que no caso do atletismo significa, entre outras coisas, a construção da tão necessária pista de atletismo capaz de receber as grandes competições nacionais e internacionais da modalidade.

Coube depois à Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, apresentar as linhas orientadoras desta requalificação, que, seguem, como afirmou, a estratégia do Governo para o desporto. “Com esta requalificação queremos dar condições às federações para promoverem a inclusão através do desporto. Este estádio é um muito bom exemplo do caminho que temos pela frente nesta área, apesar de todo o caminho que já fizemos. O Estádio Nacional não tem hoje, por exemplo, as condições essenciais para que as mulheres possam praticar desporto nos mesmos termos do que os homens e é isso mesmo que se sente no peso destes 80 anos”, sublinhou Ana Catarina Mendes, que reservou ainda uma palavra para a importância do associativismo neste trabalho de garantir a inclusão por via do desporto e aproveitou para referir que em breve haverão 25 gabinetes de apoio ao alto rendimento nos agrupamentos de escolas, para apoiar os alunos que competem ao mais alto nível nas diversas modalidades.

A encerrar o painel de intervenções, o Primeiro-Ministro António Costa, sublinhou a importância da união das três federações e da Câmara Municipal de Oeiras neste protocolo para a requalificação do Estádio Nacional, lembrando que esta será uma intervenção “arquitetónica, num edifício emblemático que está em processo de classificação”. E lembrou: “A conservação do património exige a criatividade necessária para que consigamos assegurar que o mesmo possa ser utilizado, vivido e apropriado pela comunidade. Esta é uma notável peça arquitetónica, mas não deve ser um sítio arqueológico deixado ao abandono da vida humana e da prática desportiva.”

Assim, António Costa adiantou que o objetivo é transformar o Estádio Nacional, “para que ele possa estar ao melhor nível do que são os requisitos internacionais para a organização das grandes provas desportivas do atletismo, do rugby e do futebol e esta é a melhor forma de prestar homenagem àquilo que as federações, os clubes, os atletas e a comunidade fazem pela promoção do desporto”. “Queremos um espaço contemporâneo, adaptado à realidade e às necessidades de hoje, e que permita, com toda a segurança, cumprindo todos os requisitos, possa vir a ser palco das mais relevantes provas desportivas destas três modalidades e outras que possam aqui ser disputadas neste Estádio Nacional”.

Fotos: FPA/Vanessa Pais

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