Diário de Munique’22 – Balanço positivo de Portugal

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22 Ago, 2022
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Munique (ALE), 22 de agosto – Com um total de duas medalhas e seis finalistas, Portugal conheceu uma presença positiva nos Campeonatos Europeus de Atletismo, afirma o Diretor Técnico Nacional, José Santos.

Portugal apresentou 44 atletas a competir em Munique, a maior representação de sempre, e concluiu a competição com duas medalhas, uma de ouro, por Pedro Pichardo, no triplo-salto, outra de prata, por Auriol Dongmo, no lançamento do peso, e mais quatro finalistas (num total de seis), Patrícia Mamona, quinta no triplo-salto, e Liliana Cá, quinta no lançamento do disco, Tiago Pereira, oitavo no triplo-salto, e Ana Cabecinha, oitava nos 20 km marcha.

Por isso, José Santos, Diretor Técnico Nacional, entende a prestação portuguesa “positiva”. “Dentro das nossas expetativas, pois esperávamos conquistar entre duas a quatro medalhas. E estivemos perto do máximo, pois a Patrícia Mamona ficou a quatro centímetros do pódio, e a própria Liliana Cá, que na qualificação esteve muito bem, não conseguiu voltar a fazer um lançamento daquela dimensão, que poderia dar uma medalha”, referiu.

Entre os destaques, nota para a estafeta de 4×400 metros, em masculinos, cuja equipa foi composta por João Coelho, Mauro Pereira, Ericsson Tavares e Ricardo dos Santos, que bateu o recorde de Portugal que estava perto de cumprir 27 anos de existência. “Um excelente resultado, pois viemos para Munique com o 16.º tempo e terminámos em 10.º no geral, com a 10.ª melhor marca europeia do ano. Uma equipa jovem, que merece ser acompanhada, pois tem capacidade para chegar mais longe. Os atletas estão motivados e eu estou motivado, tal como os seus treinadores”, fez notar José Santos.

“É verdade que alguns atletas chegaram aqui não na sua melhor forma, mas esta foi a 24.ª presença portuguesa em 25 edições destes campeonatos. Este ano conseguimos preencher uma lacuna importante, faltavam-nos registar cinco presenças em disciplinas nos Europeus, conseguimos colmatar três: altura, dardo e 4×400 metros masculinos. Falta-nos ainda ter alguém na altura e no dardo femininos”, prossegue José Santos, que não hesita em “pedir ajuda aos nossos governantes para olhar o atletismo de outra forma”. “Nós já demos muitas alegrias a Portugal, sabemos que o nosso país tem dificuldades em termos económicos, mas necessitamos de mais apoios para prepararmos as nossas seleções com mais qualidade. Por exemplo, a falta de uma pista coberta em Lisboa não é admissível neste século, que é um instrumento fundamental para a preparação das nossas equipas. Falta-nos meios para podermos fazer um trabalho de qualidade. Nós estamos aqui a lutar com países com melhores condições que nós e quando vencemos estamos a fazer milagres”, observou.

Ainda em plenos Europeus foram conhecidas as marcas de qualificação para os Mundiais de Budapeste 2023 e José Santos prevê a continuidade da participação portuguesa com bons resultados. “Vejo a nossa futura participação com otimismo. A FPA, treinadores, clubes e atletas estão já a preparar e a planificar a nova época para podermos assegurar mais uma boa participação nacional nas próximas competições”, concluiu.

Portugal apresentou bons resultados nas disciplinas dos saltos e lançamentos, com duas medalhas e vários finalistas; na velocidade todos os nossos representantes conseguiram passar às meias-finais, enquanto o meio-fundo e fundo e a marcha também registaram alguns bons resultados.

Resumo da participação portuguesa:

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