“Dobradinha” do Benfica 30 anos depois

FPA Geral Notícias

11 Fev, 2024
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Emoção e polémica marcaram a segunda jornada das finais dos Campeonatos Nacionais de Clubes, na primeira divisão, competição que decorreu em Pombal, organizada pela Federação Portuguesa de Atletismo, com os apoios da Associação Distrital de Atletismo de Leiria e do Município de Pombal.

Emoção competitiva com o equilíbrio das duas equipas que estavam a lutar pelos títulos. Contudo, um protesto do Sporting levou a adiar o anúncio das decisões. Até aí, parecia nítido que o Benfica, trinta anos depois, voltava a fazer a dobradinha, com títulos em masculinos e femininos e após a análise dos protestos o chegou a confirmação. Foi mesmo assim. Em masculinos, o Benfica venceu com um ponto de vantagem (o ano passado perdera por meio ponto) e em femininos por três pontos.

Recorde nacional na estafeta 4×400 metros

Muita emoção no campeonato feminino. O Sporting estava com sete pontos de atraso em relação ao Benfica, que viu a jornada começar bem, com o triunfo de Agate Sousa no triplo-salto, que conseguiu chegar aos 13,82 metros, diante de Evelise Veiga, que chegou aos 13,22 m. Mas depois o Sporting começou a ganhar vários pontos, com o triunfo de Patrícia Silva nos 800 metros, diante de Claudia Bobocea, e nos 3000 metros com Fancy Cherono a impor-se a Joana Soares (Jardim da Serra) e Vanessa Carvalho (SCB), com Dulce Félix a ser quarta classificada!

A única prova em que as atletas do Benfica e Sporting deixaram de ganhar foi os 60 metros barreiras, com triunfo de Catarina Karas, do Jardim da Serra, com um excelente recorde pessoal, seguida da sportinguista Jessica Barreira e da benfiquista Catarina Queirós.

Enquanto ainda decorria o salto com vara, veio mais um grande resultado, com o quarteto do Sporting, composto por Carina Vanessa, Vera Barbosa, Juliana Guerreiro e Cátia Azevedo, a vencer em 3.36,51, um recorde nacional de clubes, retirando da lista os 3.37,70 que uma equipa do Sporting tinha conseguido em 2020, então com Dorothé Évora no lugar de Carina Vanessa. O Benfica ficou em segundo lugar e as contas estavam em dois pontos de vantagem para as leoas. Tudo dependia do resultado do salto com vara. E Joana Barreto (que fez 21 saltos) conseguiu um record pessoal, derrotando Raquel Marques, do Sporting, e a favorita, Cátia Pereira, do Póvoa de Varzim.

No final, o Benfica (93 pontos) triunfou com três pontos de vantagem sobre o Sporting (90), com as outras equipas distantes. A melhor foi o Jardim da Serra, que somou 58 pontos. No quarto e quinto lugares ficaram as formações do Estreito e do Vidigalense, ambas com 51 pontos, enquanto o Póvoa de Varzim somou 45 pontos, mais um ponto que o Sporting de Braga, que assim desce de divisão, tal como o Eirense, último classificado.

Um ponto depois dos protestos

Ficou claro o equilíbrio entre as duas equipas e os detalhes fariam a diferença. O Sporting conseguiu triunfos no salto em altura e no triplo-salto, por Tiago Luís Pereira (com a melhor marca nacional do ano no salto em altura – 2,20 m), e nos 800 metros, com a vitória do argelino Mohamed Ali Gouaned diante de Isaac Nader, que os deixava em vantagem por um ponto.

O Benfica foi equilibrando depois com os triunfos nos 3000 metros, com Etson Barros, e 60 metros barreiras, por Roger Iribarne (que foi segundo no triplo-salto…), passando para a frente. O lançamento do peso trouxe o Benfica de novo para a frente das contas, com Francisco Belo a triunfar, derrotando Daniel Santiago, do Estreito (que no ano passado estava no Sporting), e Edujose Lima, do Sporting. Ficava tudo a depender da estafeta de 4×400 metros… que correu de feição para o Sporting, que já era favorito, e triunfou claramente um quarteto do Benfica que incluiu até o barreirista Sisínio Ambriz.

Com estes desfechos, o Juventude Vidigalense voltou ao pódio, no terceiro lugar. O Maia não ficou longe do pódio. Depois classificaram-se o SC Braga, o Jardim da Serra e o Estreito, numa luta muito equilibrada, deixando para trás os agora despromovidos Estreito e Seia.

Classificações coletivas:
Femininos: 1.º S L Benfica, 93; 2.º Sporting C P, 90; 3.º A C D Jardim Serra, 58; 4.º G D Estreito, 51; 5.º J. Vidigalense, 51; 6.º A C Póvoa de Varzim, 45; 7.º S C Braga, 44; 8.º GR Eirense, 35.
Masculinos: 1.º S L Benfica, 97; 2.º Sporting C P, 96; 3.º J Vidigalense, 56; 4.º Maia A C, 52,5; 5.º S C Braga, 48; 6.º A C D Jardim Serra, 47,5; 7.º G D Estreito, 41; 8.º C A Seia, 29.

Pódios individuais
Femininos
800 metros – 1.ª Patrícia Silva (SCP), 2.05,80; 2.ª Claudia Bobocea (SLB), 2.06,26; 3.ª Mariana Machado (SCB), 2.09,06.
3000 metros – 1.ª Fancy Cherono (SCP), 9.29,56; 2.ª Joana Soares (AJS), 9.40,72; 3.ª Vanessa Carvalho (SCB), 9.43,98.
60 m barreiras – 1.ª Catarina Karas (AJS), 8,27; 2.ª Jessica Barreira (SCP), 8,32; 3.ª Catarina Queirós (SLB), 8,37.
Vara – 1.ª Joana Barreto (SLB), 3,75; 2.ª Raquel Marques (SCP), 3,70; 3.ª Cátia Pereira (ACPV), 3,60.
Triplo – 1.ª Agate Sousa (SLB), 13,82; 2.ª Evelise Veiga (SCP), 13,22; 3.ª Ana Rita Silva (AJS), 13,09.
4×400 metros – 1.º Sporting, 3.36,51; 2.º Benfica, 3.44,50; 3.º J. Vidigalense, 3.56,07 (vencedor da série 1).

Masculinos
800 metros – 1.º Mohamed Ali Gouaned (SCP), 1.52,67; 2.º Isaac Nader (SLB), 1.53,02; 3.º David Azevedo (JV), 1.56,45.
3000 metros – 1.º Etson Barros (SLB), 8.25,45; 2.º Ruben Amaral (SCP), 8.27,94; 3.º Hugo Rocha (GDE), 8.28,28.
60 m barreiras – 1.º Roger Iribarne (SLB), 7,65; 2.º Abdel Larrinaga (SCP) 7,74; 3.º Hugo Vasquez (SCB), 8.09.
Altura – 1.º Tiago Luís Pereira (SCP), 2,20; 2.º Gerson Baldé (SLB), 2,07; 3.º Nelson Pinto (AJS), 1,01.
Triplo – 1.º Tiago Luís Pereira (SCP), 16,30; 2.º Roger Iribarne (SLB), 15,57; 3.º Oleksandr Lyashenko (AJS), 15,24.
Peso – 1.º Francisco Belo (SLB), 19,89; 2.º Daniel Santiago (GDE), 15,84; 3.º Edujose Lima (SCP), 15,29.
4×400 metros – 1.º Sporting, 3.11,53; 2.º Benfica, 3.13,29; 3.º Maia, 3.21,15.

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