Paralímpicos: Carolina Duarte de bronze encerra a prestação do atletismo nacional

Jogos Paralímpicos Paris'24 Notícias

7 Set, 2024
Paralímpicos/Paris2024: Atletismo 400m T13

Terminou da melhor forma a prestação do atletismo nacional nos Jogos Paralímpicos de Paris, com Carolina Duarte a conquistar a medalha de bronze nos 400 metros T13. O atletismo nacional somou três medalhas – ouro, prata e bronze – e dois diplomas olímpicos, superando, assim, os resultados obtidos no Rio’16 e em Tóquio’20.

Depois do ouro de Miguel Monteiro no lançamento do peso F40 e da prata de Sandro Baessa, nos 1500 metros T20, Carolina Duarte fechou hoje a participação do atletismo nacional, adicionando o bronze ao medalheiro. A atleta treinada por João Abrantes correu uma final bastante rápida, conseguindo, em 55s52′, subir ao terceiro lugar do pódio, melhorando em relação ao tempo da qualificação, que venceu, numa prova na qual a brasileira Rayane da Silva bateu o recorde do mundo, fixando-o em 53s55′.

“É espetacular chegar aqui e estar na minha melhor forma de sempre. Estou muito feliz pela medalha e pelo resultado”, disse a atleta no final, recordando que esta é, de certa forma, a recompensa por todo o trabalho e pelo superar da dificuldade que é conjugar a maternidade (que acabou por inesperadamente a deixar fora dos Jogos de Tóquio) com o treino de alta competição. “Conseguir estar nesta forma aos 34 anos só foi possível porque fui mãe e foi isso que me deu força”, partilha Carolina Duarte, que garante que, depois das merecidas férias, vai já começar a preparação para os Jogos Olímpicos de Los Angeles. “Não vou parar por aqui!”, garantiu.

Em jeito de balanço, o coordenador do atletismo adaptado na FPA e Team Leader da comitiva que representou a modalidade nestes jogos, referiu o seguinte: “Estes resultados confirmam a tendência de crescendo da qualidade do atletismo nacional, embora se verifique igualmente uma redução no número de atletas a integrar as seleções, o que deve continuar nos próximos anos. De qualquer modo, é de sublinhar que num universo de seis atletas foram conquistadas três medalhas e dois diplomas, portanto, apenas Carina Paim, que se classificou em 9.º lugar, não conseguiu medalha ou diploma. Ainda assim, é preciso salientar que só o facto destes atletas estarem aqui a competir já é um grande feito, porque mostraram que têm qualidade para ombrear com o reduzido grupo que consegue a qualificação para os Jogos Paralímpicos, ganhando reconhecimento não só no desporto paralímpico como no regular. A título de exemplo fica a nota de que Carina Paim foi uma das atletas convidadas para participar na Liga Diamante, o que atesta esse mesmo reconhecimento. Por fim, é preciso salientar a estreia de Mamudo Baldé, que, apesar da desclassificação no primeiro momento competitivo, conseguiu ultrapassar a frustração e respondeu muito bem, com um excelente resultado e um recorde de Portugal, à segunda oportunidade. Este foi um grupo coeso, unido, que se ajudou e apoiou, contribuindo para um excelente ambiente de cooperação e também para os resultados alcançados.”

Foto: António Pedro Santos/LUSA

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