Decorreu entre os dias 11 e 14 de abril de 2025 o estágio, de meio fundo e marcha para juvenis, promovido, em Pombal, pela Federação Portuguesa de Atletismo (FPA). Este evento reuniu atletas dos escalões sub-16 e sub-18, com o objetivo de proporcionar treino especializado.
Rui Silva, medalhado de bronze nos 1500 metros dos Jogos Olímpicos de Atenas, teve a oportunidade de partilhar com os jovens atletas presentes no estágio a sua experiência ao longo da carreira, incentivando-os a destacarem-se na busca pelos seus sonhos.
“Este tipo de estágios, na minha altura, não estava tão setorizado. Eram momentos que integravam desde os mais jovens até aos seniores. Havia partilha, treino e, acima de tudo, muita aprendizagem. Eram extremamente importantes, pois permitiam a um jovem, pela primeira vez, contactar com os seus ídolos, com os atletas que então se destacavam”, recordou.
Veja aqui a entrevista de Rui Silva
Quanto aos objetivos, destacou: “Há uns mais palpáveis do que outros. Alguns demoram mais tempo a alcançar. Partilhei com estes atletas a convicção de que tudo é possível de conquistar, ou pelo menos tentar. O conselho que deixei foi que definam claramente o que pretendem para a carreira e tenham paciência para percorrer cada etapa.”
Como mensagem principal, sublinhou: “Se sentirem que estão próximos ou na reta final de um objetivo, proponham-se alcançá-lo.”
Rui Silva terminou com uma reflexão: “Certamente, o principal intuito destes jovens é alcançar marcas de qualificação para campeonatos internacionais. Cada um tem etapas diferentes e creio que devem ajustar essa realidade às suas circunstâncias e ambições.”
Por seu turno, João Vieira, atleta olímpico português com 6 presenças em Jogos Olímpicos (Sydney, Atenas, Beijing, Londres, Rio e Tóquio) e vice-campeão do mundo de marcha 50 km, é o atleta com mais títulos nacionais: 65! Uma carreira marcada pela longevidade, que inspira quem começa agora.
Veja aqui a entrevista de João Vieira.
Durante a sua presença no estágio, João Vieira realçou a importância destas oportunidades na sua carreira: “Estes estágios foram bastante importantes no início da minha carreira, para estar com os meus ídolos da altura, aprender e conviver com eles.” Desses tempos, recordou “o convívio e aprendizagem”. “Consegui aprender muita coisa para ser o atleta e a pessoa que sou hoje. Por isso, o meu conselho é que, durante este estágio, aprendam muito e convivam. Fora da pista há fair play, há convívio. Só são adversários dentro da pista!”, rematou.
Fotografia e vídeo: FPA/Tatiana Gonçalves.