Diário dos Mundiais – O embaixador de Portugal no Japão, Gilberto Jerónimo, recebeu na embaixada portuguesa, em Tóquio, o Governo Português, representado pelo seu primeiro ministro, Luís Montenegro, os ministros dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, e Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro de Almeida, aproveitando esse facto para receber ainda uma delegação da comitiva portuguesa que está envolvida nos Campeonatos Mundiais de Atletismo, que começam no próximo sábado, dia 13, a partir das 07h30 (novo horário), porque se entendeu em antecipar o início das provas de 35 km marcha.
Na ocasião, o embaixador de Portugal, recebeu os seus convidados, com muita satisfação e orgulho, passando a palavra ao primeiro-ministro português, que começou por referir “estar a chegar ao fim de um dia intenso de reuniões políticas e financeiras”, adiantando ainda ser “esta uma feliz coincidência para poder cumprimentar os atletas portugueses que representarão o nosso país nesta competição”, frisando ser este um governo que apoia o desporto, universalmente, mas reforçando a ideia de que o exemplo é dado pelos atletas de alto rendimento.
Usando da palavra, o presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, Domingos Castro, assegurou hoje ao primeiro-ministro total dedicação dos atletas lusos nos Mundiais de atletismo, em Tóquio, reivindicando uma maior fatia do Orçamento do Estado para o desporto.
Em declarações recolhidas pela Agência Lusa, Domingos Castro, “em nome da FPA e de todas as federações – até porque eu sou vice-presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), liderado por Fernando Gomes, que é um presidente de excelência – apelo a que, no Orçamento do Estado, tudo o que sejam valores do IPDJ e das apostas desportivas venha para as federações e para as nossas modalidades, sobretudo as olímpicas, porque, com esse apoio, podemos ir muito mais além”, afirmou Domingos Castro.
Mais à frente, Domingos Castro referiu ser “uma grande honra ser recebido neste país pelo nosso primeiro-ministro”, recordando que foi o primeiro atleta português, em masculinos, a ser medalhado em Campeonatos do Mundo, com a conquista da medalha de prata na prova dos 5.000 metros, em Roma’1987, poucos dias depois de Rosa Mota se ter sagrado campeã mundial na Maratona.
Assumindo-se um “fã incondicional” de Montenegro, partilhando um episódio recente, em que recorreu à ajuda do Governo.
“No princípio de junho, os nossos diretor financeiro e vice-presidente financeiro, disseram-me que não tínhamos dinheiro para os Europeus de sub-23, para os Europeus de sub-20, e para os Mundiais ao ar livre, em Tóquio, para os Mundiais paralímpicos, na índia, e os Virtus, na Austrália. Temos 40 mil euros e estes cinco campeonatos custam 987 mil euros. Eu ouvi e disse: vou resolver. E resolvi fruto da excelente relação que tenho com as pessoas do atual Governo”, recordou.
O dirigente partilhou este episódio perante a delegação nacional presente na receção, entre os quais cinco dos 32 atletas convocados, casos de Lorene Bazolo, Jessica Inchude, Mariana Machado, Vitória Oliveira e Solange Jesus, e de vários técnicos nacionais.
“Decidi contar esta situação, em que fui apelar ao que estávamos a passar e foi resolvido, aos nossos campeões, aos nossos treinadores e à nossa comitiva, para que saibam que, por vezes, das dificuldades pelas que passámos. Estou muito grato ao seu Executivo”, sublinhou, reconhecendo que a FPA tem sido “bastante apoiada” e o Governo lhe tem proporcionado “excelentes condições”.
“Conte connosco, também. Nós contamos consigo, com o seu Executivo, agradecemos-lhe a si e à embaixada, prometendo que vamos dar o nosso melhor, porque o que os atletas, mais do que ninguém, querem alcançar um bom resultado”, concluiu, antes de oferecer um troféu em cristal e uma camisola autografada pela seleção nacional, ao primeiro-ministro e ao embaixador de Portugal.
