Inaugurada Exposição do Centenário da FPA com os olímpicos Rosa Mota, Fernanda Ribeiro e Rui Silva

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20 Out, 2021
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Foi hoje inaugurada a Exposição do Centenário da Federação Portuguesa de Atletismo, que estará gratuitamente aberta ao público no espaço atmosfera m, da Associação Mutualista Montepio, na Rua Castilho, em Lisboa, até ao dia 20 de novembro. Os olímpicos Rosa Mota, Fernanda Ribeiro e Rui Silva juntaram-se ao Secretário de Estado do Desporto e Juventude, João Paulo Rebelo, ao presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, Jorge Vieira, e ao administrador da Associação Mutualista Montepio, Carlo Beato, numa visita que recordou os cem anos da FPA, do atletismo nacional e dos seus protagonistas.

Para entrar no espaço – que, através de fotografias, réplicas, objetos, artigos e documentos, proporciona uma viagem aos últimos cem anos da única modalidade desportiva em Portugal que produziu campeões olímpicos – os convidados passaram literalmente “por baixo do recorde de Portugal de salto em altura”, o que foi possível através da colocação de dois postes e da fasquia à altura da grandeza do salto de 2,28 metros conseguido por Paulo Conceição, em 2020. Passada esta “porta mágica” iniciou-se uma “viagem” pelos marcos de cem anos de excelência ao serviço do atletismo nacional, com a particularidade de nela participarem alguns dos seus protagonistas e contribuidores para o espólio em exibição nesta exposição.

Foi possível ver e ouvir Rosa Mota junto da camisola, ainda com o dorsal colocado, com a qual conquistou a medalha de bronze na maratona em Los Angeles, em 1984; Fernanda Ribeiro, junto do maillot e das sapatilhas com os quais se sagrou campeã olímpica dos 10 000 metros, em 1996, em Atlanta; Rui Silva, ao lado do equipamento que utilizou no Campeonato do Mundo de Helsínquia de 2005 e da respetiva medalha de bronze que conquistou; mas também o campeão europeu de corta-mato Paulo Guerra ou o também olímpico (em 1974 e 1972), Armando Aldegalega, que, “além de ter vivido muitos dos acontecimentos retratados nesta exposição”, é o atleta que há mais épocas está federado, como lembrou, no seu discurso, o presidente da FPA.

Jorge Vieira destacou não só os feitos dos atletas, como aproveitou a ocasião para partilhar um documento histórico produzido pelo Prof. Moniz Pereira, datado de 1 de agosto de 1975, e que, como enfatizou, marcou decisivamente, na altura, o futuro da modalidade. “Neste documento está o orçamento apresentado pelo Prof. Moniz Pereira para que fosse possível dispensar os atletas do trabalho da parte da manhã, para poderem treinar duas vezes por dia”, disse. “É graças a esta proposta e ao facto de o Prof. Moniz Pereira ter conseguido congregar todos os treinadores que queriam levar os seus atletas aos Jogos Olímpicos, que foi possível conquistar as medalhas e os resultados que o nosso atletismo conquistou”, defendeu.

Sem esquecer os dirigentes e o papel das Associações Regionais e Distritais de Atletismo, o presidente da FPA aproveitou a oportunidade e a presença do Secretário de Estado do Desporto e Juventude para defender a reorganização do investimento no Desporto, para que seja possível contar “no próximo século com mais medalhas e resultados do que os alcançados até aqui”. João Paulo Rebelo, por seu turno, passou em revista aquilo que tem sido a evolução no apoio ao Desporto no nosso país, garantindo que, apesar de “muito ter sido feito”, há sempre o desejo de melhorar o trabalho realizado.

O que se fez no último século pode, assim, ser visto, até ao dia 20 de novembro, nesta exposição, que, como referiu, na sua intervenção, o administrador da Associação Mutualista Montepio, Carlos Beato, faz-nos “sentir na pele” a emoção do atletismo. Esta exposição irá também receber escolas para visitas guiadas, com a presença dos atletas mais reconhecidos da modalidade; sendo que está também previsto o ciclo Conversas do Centenário, a ter início já no próximo sábado, 23 de outubro, às 15 horas, com os treinadores Carlos Tribuna e Luís Herédio a abordar o tema: “Dos confinamentos obrigatórios aos recordes de Portugal de Leandro Ramos e Liliana Cá.” Estas conversas decorrerão no auditório do espaço atmosfera m, na rua Castilho, nº 5, em Lisboa, local onde se encontra lozalizada a exposição. A entrada é livre, quer para as conversas, quer para a exposição.

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