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6 Jun, 2024
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Diário de Roma – Na véspera do início dos Campeonatos Europeus de Atletismo, que se realizam em Roma (Itália), de 7 a 12 de junho, os atletas tiveram o seu encontro com o Estádio Olímpico, onde se desenrolam as provas, e o Stadio dei Marmi “Pietro Mennea”, a icónica pista de aquecimento.

Ambos foram construídos no final dos anos 20 do século passado. O dei Marmi manteve a sua traça, rodeado de 60 estátuas de mármore de Carrara, então como oferta de 60 das 94 províncias italianas, representando desportistas. Foi projetado na década de 1920 como um anexo da “Accademia Fascista Maschile di Educazione Fisica” (hoje sede do CONI, “Comitato Olimpico Nazionale Italiano”), para ser usado para as atividades dos seus alunos e foi inaugurado em 1932, no 10º aniversário da Marcha sobre Roma, perto do bairro romano Monte Mario, pelo arquiteto Enrico Del Debbio sob o governante fascista Benito Mussolini. Recebeu um novo piso antes dos Jogos Olímpicos de Roma (1960), recebeu obras de conservação e em 2013 recebeu o nome de Pietro Mennea, velocista italiano campeão olímpico de 200 metros, que foi detentor do recorde mundial da distância durante 17 anos (entre 1979 e 1996) e ainda o é do recorde Europeu (19,72 segundos), o mais velho de todos.

Quanto ao Stadio Olimpico, projetado e construído na mesma altura (anos 20) e foi denominado Stadio dei Cipressi (“dos Ciprestes”). Pertencente a terrenos do Vaticano, o Stadio recebeu obras para acolher os Jogos de Roma, em 1960, e com uma capacidade de 100 mil pessoas, passou a designar-se por “Stadio dei Centomila”. Para os Mundiais de 1990, o Olímpico foi inteiramente demolido, à exceção da Tribuna Tevere, e foi reconstruído em cimento armado recebendo a cobertura branca em estilo árabe, ficando com uma capacidade superior a 80.000 espectadores. A última modificação deu-se em 2008, para hospedar a final da Liga dos Campeões em 2009. A reforma deixou-o com capacidade para os atuais 70.644 lugares.

Uma capacidade bem mais reduzida nestes Campeonatos Europeus, para acolher a bancada VIP, as instalações das TV’s, bancada de imprensa e a imponente plataforma (a 2,50 metros do solo) para os saltos em comprimento e triplo-salto, que “tapou” completamente toda bancada térrea na reta oposta à meta.

Na sua primeira visita ao estádio acompanhámos os saltadores Gerson Baldé e Tiago Pereira, nas primeiras abordagens ao novo piso e ambos se mostraram agradados e confiantes. “Sinto-me bem”, disse Tiago Pereira, medalha de bronze nos Mundiais de Pista Coberta, em Glasgow, nesta temporada, um dos atletas a ter em conta nas pistas romanas.

Todos os atletas e treinadores dos saltos verticais olharam com curiosidade para esta plataforma e, em vários casos, houve um “torcer de nariz”, mas como as condições são idênticas às das plataformas de algumas pistas cobertas, os atletas deverão adaptar-se e fazer o seu melhor.

Os restantes atletas esperam pelos momentos decisivos para poderem sentir a “alma” da pista, mas já todos puderam estar nas instalações, à exceção dos que chegaram na tarde de hoje (o grupo de meio-fundo, provindo do Norte), que apenas amanhã visitará as instalações, embora os atletas da meia-maratona apenas passem pela pista quando entrarem no estádio para cortar a meta.

Portugal já compete nestes Europeus (que cumprem 90 anos) desde a sua génese (1934) e já conquistou 38 medalhas (16 de ouro, 14 de prata e 18 de bronze), todas a partir de 1982, e tem um total de 106 finalistas.

A melhor classificação vem de Budapeste, com um 10º lugar (posição igualada de quatro anos antes, em Helsínquia) e um total de seis medalhas (o máximo conseguido até agora), seguido de Barcelona (2010) e Amesterdão (2016), com cinco medalhas.

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