Carlos Pitra na final do salto com vara

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8 Jul, 2021
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Campeonatos da Europa Sub-23 em Tallin (Estónia) com portugueses em bom plano na jornada matinal do primeiro dia

Logo a abrir a participação portuguesa nos Campeonatos da Europa Sub23, Ericsson Tavares venceu a sua série eliminatória de 400 metros com a marca de 46,61 segundos, um recorde pessoal para o atleta português e a passagem automática às meias finais (amanhã, dia 9, a partir das 15h20).

Na mesma distância, João Coelho alinhou na terceira série e terminou em segundo lugar com a marca de 46,85 segundos, também ele apurado para as meias-finais.

No final da sua estreia em grandes campeonatos, Ericsson Tavares mostrou-se “satisfeito com o resultado, embora esperasse um pouco mais”. Preparado já para a meia-final, o atleta que representa o Centro de Atletismo de Seia e é treinado por Paulo Oliveira, quer correr “da mesma forma. Não haverá mudança de tática. É dar o melhor para poder garantir seguir em frente”.

A meio da jornada, a intempérie caiu sobre Tallin e as provas estiveram mesmo suspensas a aguardar a melhoria do tempo. Após o recomeço das provas foi tempo de começar a qualificação do salto com vara, em condições mais difíceis do que seria esperado. Carlos Pitra, que em Portugal representa o Sporting Clube de Portugal, estava incluído no Grupo B e o português passou à primeira tentativa a 4,90 metros e a 5,05 m, passou à segunda a 5,20 metros (a cinco centímetros do recorde pessoal) e ainda fez um salto a 5,35 (nulo). No outro grupo as contas estavam fechadas e ninguém mais saltou no segundo grupo, passando à final quem assegurada os 5,20 metros.

Após a prova, Carlos Pitra mostrava-se contente, por “conseguir a qualificação para a final, algo que não estava à espera. Não foi fácil este caminho, consegui a qualificação para os Europeus nas últimas semanas, mas o meu treinador [Pedro Pinto] acreditou em mim, eu também acreditei e consegui”. Agora, na final, “adorava poder bater o meu recorde pessoal, pois quando entro na pista o meu objetivo é esse, agora acrescido pelo facto de estar a representar Portugal ao mais alto nível”.

Enquanto isso, na pista, a atleta Fatoumata Diallo, que em Portugal representa o Clube Oriental de Pechão (e é treinada por Paulo Murta), garantiu o acesso direto às meias finais dos 400 metros barreiras com a marca de 59,60 segundos (quarta classificada), e no final não escondeu a satisfação. “Estou contente, a prova correu bem, não arrisquei de início para poder chegar mais forte ao final”, referiu a atleta que tem competido em França, garantindo que a passagem “era o objetivo, para o qual tanto trabalhei. É um orgulho enorme estar aqui a representar Portugal”.

Menos feliz estava Yuben Munary Gonçalves, o atleta que tem estudado e competido nos Estados Unidos, e que representa o Sport Lisboa e Benfica. Acabou fora do acesso às meias finais, apesar do recorde pessoal de 51,94 segundos. “A expetativa era grande. Esperava fazer melhor. Nas últimas semanas, com a minha treinadora [Ana Oliveira] tentámos afinar as 15 16 passadas, para trocar de perna, mas não consegui realizar esse trabalho”, disse o atleta no final, que foi um dos principais prejudicados pelo mau tempo, uma vez que a interrupção foi após o seu aquecimento. Quando foram reiniciadas as provas, novo aquecimento e a corrida. “Não vou dizer que foi a chuva, mas não consegui fazer o que queria”, finalizou.

Menos afortunada esteve Ivanilda Lopes, que competiu no Grupo B do lançamento do disco, obtendo o registo de 48,37 metros, insuficiente para garantir o acesso às 12 finalistas (ficou em 16º lugar. A atleta, que em Portugal representa o Sport Lisboa e Benfica, treinada por Elisa Costa, competiu numa fase em que as condições atmosféricas estavam a piorar e que levou até ao adiamento do horário.

Face ao atraso, as provas têm um pequeno intervalo, entre as 13h15 e as 14h15, sendo que os portugueses regressam à ação às 14h50.

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