Primeira jornada do segundo dia (9 de julho) dos Campeonatos da Europa Sub-23 abre com apuramento para a final
Logo na primeira prova da manhã (9h30 em Tallinn, 7h30 em Portugal), Leandro Ramos enfrentava a qualificação para a final do lançamento do dardo. Sempre destacado pela organização e realização, o atleta que representa o Sport Lisboa e Benfica, líder europeu do ano em Sub-23 abriu com um lançamento a 70,49 metros e lançou depois a 75,50 metros. Fez um terceiro ensaio nulo. A qualificação direta estava colocada em 77 metros e ninguém no grupo passou essa marca. Apenas no segundo grupo foi conseguida por dois atletas.
Desta forma, o atleta treinado por Carlos Tribuna conseguiu o apuramento para a final sendo terceiro no grupo (sexto no geral). “Não fiz a marca de qualificação, mas penso que dá para ir à final”, referiu ainda antes de saber os resultados do segundo grupo. As manhãs são uma condicionante, referiu o atleta. “Não costumo lançar de manhã, só à tarde. Por isso não estava a sentir as pernas e isso é fundamental. Esta qualificação rápida também não me agrada. Sinto-me melhor em concursos com tempos de espera mais longos”, explicou o português, admitindo que “a final, no domingo à tarde [11 de julho, às 16h40] vai ser ao rubro. Tenho expetativas bastante altas”.
Nos 200 metros masculinos, a realizarem-se a meio da manhã, os dois portugueses presentes passaram diretamente às meias-finais da competição que se realizam amanhã (10 de julho) a partir das 10h15 (hora portuguesa).
O primeiro a entrar em ação, destacado pela organização, Delvis Santos, cumpriu terminando em segundo lugar com a marca de 21,24 segundos (vento: +0,4 m/s). Apuravam-se os três primeiros e o atleta do Sport Lisboa e Benfica mostrou-se à altura da ocasião. “As provas de 200 metros, para mim, são para ir a toda a velocidade. Não consigo controlar, ou vou ao máximo ou não consigo”, referiu o atleta treinado por Vitor Zabumba, mostrando-se esperançado para a meia final, “pois tive uma lesão, tenho corrido com algum receio, mas penso que correrei amanhã com mais confiança”.
Na série seguinte, a curiosidade de ter três atletas que falam português: André Prazeres, o vencedor do prémio do azar, se existisse no atletismo, pois tinha marca para aceder à final dos 100 metros caso estivesse noutra meia-final, o suíço William Reais, nascido em Portugal mas que optou por representar a Suíça, país onde vive, e o ucraniano Erik Kostrytsya, que chegou a treinar e a viver em Leiria. Reais venceu a prova, André Prazeres foi terceiro, com recorde pessoal (21,24, vento: -0,2 m/s) e o ucraniano ficou pelo caminho.
Para o português, “o desfecho de ontem foi muito duro. Mas eu descansei e encarei esta prova com vontade. Estou muito orgulhoso do trabalho que tenho feito com o meu treinador [João Abrantes] e ao ter conseguido dois recordes pessoais na competição já fiz o meu Europeu. Tudo o que conseguir a partir de agora supera os objetivos e eu acredito que farei ainda melhor”.
Nas restantes provas, as representantes portuguesas nos 100 metros barreiras ficaram pelo caminho. Fatumata Baldé foi sétima classificada na terceira série (14,07 segundos, vento: +0,5 m/s) e Catarina Karas também foi sétima, mas na segunda série (14,17 segundos, vento: -0,2 m/s).
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