Portugal iguala segunda melhor prestação de sempre em mundiais de pista coberta

FPA Geral Notícias

20 Mar, 2022
Nader_2022

Na última jornada dos Mundiais em Pista Coberta, Isaac Nader terminou em 10º lugar na final dos 1 500 metros. Abdel Larrinaga também terminou participou com boa presença nas meias-finais dos 60 m barreiras.

Terminaram hoje os Campeonatos Mundiais em Pista Coberta, competição que decorreu em Belgrado, com Portugal a fechar a sua participação igualando a sua segunda melhor prestação de sempre em Mundiais, com um título, duas medalhas e três finalistas, com um total de 18 pontos!

A última prova com presença nacional foi a de 1 500 metros, onde Isaac Nader se estreava numa grande competição. Numa prova dominada pelo campeão olímpico o norueguês Jakob Ingebrigtsen (3.33,02), mas com desfecho inesperado com o triunfo do etíope Samuel Tefera em 3.32,77 minutos, um recorde dos campeonatos. Sempre na cauda do pelotão, Isaac Nader pareceu surpreendido com o elevado ritmo da prova e terminou em 10º lugar em 3.39,97 minutos.

«Acho que me portei bem nestes Campeonatos, na minha estreia, tendo passado à final, que era o meu primeiro objetivo. Não consegui fazer melhor hoje, pois pensava que a prova seria um pouco mais lenta, para 3.35, mas afinal veio para 3.32 e não consegui manter esse ritmo”, disse o atleta no final.

Após a corrida de ontem, Nader queixou-se de algumas na cervical, “no aquecimento também senti umas dores, mas quando comecei a correr as dores deixaram de ter significado e fiz o meu melhor possível. Não acredito que fizesse melhor hoje. Acredito que não recuperei muito bem do dia de ontem e, também, a verdade é que eu tenho pouca experiência em pista coberta”.

Estar entre os melhores do Mundo deixa Isaac Nader em condições de afirmar o orgulho no trabalho que tem efetuado, “constituindo esta presença aqui como mais uma aprendizagem para o meu percurso a caminho de Paris 2024. Quero estar sempre a melhorar e a aprender para, quiçá, chegar a campeão olímpico já em Paris”.

Antes, depois de ter marcado 7,69 segundos na eliminatória matinal dos 60 metros barreiras, o português Abdel Larrinaga correu nas meias-finais da distância em 7,70 segundos, ficando em oitavo lugar na sua série.

No final da sua prestação, Abdel Larrinaga mostrava-se satisfeito pelo resultado, “nunca antes um português chegara a uma meia-final nas barreiras”, mas lá admitiu que “sentiu qualquer coisa. Pensei, estou aqui, entre os melhores do mundo e acho que o facto de estar aqui pela primeira vez, tendo pouca experiência a este nível me impediu de chegar a um dos objetivos, o recorde de Portugal”, enquanto agradecia todo o trabalho feito com o seu treinador, Mário Aníbal, com o total apoio da sua família e dos seus colegas de equipa.

“Este verão ainda vamos apostar mais nos 110 metros barreiras que no decatlo, a minha prova favorita. Vamos aproveitar para treinar um pouco mais uma das minhas provas mais fracas, o salto com vara, para depois sim, surgir em 2023 ou 2024 bem mais forte nas provas combinadas. E aí tentar ir mais longe. É que, depois de estar aqui, viver esta experiência, ninguém quer ficar longe disto! É muito motivante”, referiu o atleta que aproveitou a nossa entrevista para deixar uma mensagem a todos os portugueses: “Estou muito orgulhoso em vestir esta camisola e representar Portugal, um país que me acolheu como um filho. Desejo muito progredir e poder continuar a representar esta bandeira, se possível subindo ao pódio”.

Uma nota final: curiosamente, estas meias-finais trouxeram uma situação que nunca tinha acontecido antes, pois o inglês Davig King e o japonês Yushi Nomoto correream exatamente à mesma velocidade, até aos milésimos, em duas séries distintas e isso levou a que fosse tirado à sorte qual deles iria correr a final. O sorteio foi favorável ao inglês!

Partilhar