O Campeonato da Europa de Equipas, integrado nos III Jogos Europeus – de Cracóvia – Malopolska, realizados na Polónia, mostraram um Portugal consistente e ciente de que o passo dado com o triunfo na primeira Liga em 2019 foi importante para sedimentar o atletismo português na elite europeia.
Se, em termos de Jogos Europeus, como é habitual nas grandes competições, o atletismo conquistou cerca de um terço das medalhas de Portugal, com o ouro de Auriol Dongmo, a prata de Isaac Nader e João Coelho, a maior expressão da força da modalidade está na qualidade dos resultados alcançados, que culminaram no oitavo lugar da Primeira Divisão, a elite da Europa.
Portugal conseguiu 22 resultados (em 37 provas) na metade superior da tabela, com mais nove prestações até ao 12º lugar e apenas três últimos lugares, dois deles por lesões! Isso mostra que, a um atleta por prova, o atletismo nacional está dentro dos padrões superiores do atletismo europeu.
Mas, noutros dados estatísticos, os atletas portugueses proporcionaram a queda de cinco recordes nacionais: três recordes de Portugal, nos 400 metros masculinos, por João Coelho, que depois fez parte do quarteto (com Cátia Azevedo, Ricardo dos Santos e Fatumata Diallo) misto dos 4×400 metros, e nos 4×100 metros femininos, num quarteto composto por Lorene Bazolo, Arialis Gandulla, Rosalina Santos e Íris Silva; um recorde nacional sub-23, por Pedro Buaró; um recorde nacional sub-20, nos 110 metros barreiras, por Sissínio Ambriz.
Algumas destas marcas, que são recordes pessoais e melhores marcas nacionais do ano, fazem parte de um conjunto ainda maior de recordes portugueses na competição e, neste campo, a razia da colheita de 2023 é responsável pela queda de 12 melhores marcas de sempre!
Já falámos nos recordes de 400 m (45,05), 4×400 metros mistos (3.14,06), 4×100 m femininos (44,27) e salto com vara masculinos (5,65), a que se juntam as marcas alcançadas por Isaac Nader, nos 1500 m (3.37,37), Emanuel Sousa, no disco (59,44), Leandro Ramos, no dardo (81,62, também a sua melhor marca do ano), Cátia Azevedo, nos 400 metros (51,93), Fatumata Diallo, nos 400 metros barreiras (55,57, recorde pessoal e melhor marca do ano), Anabela Neto, no salto em altura (1,84, melhor marca do ano), Aurio Dongmo, no lançamento do peso (19,07) e Liliana Cá, no lançamento do disco (63,21).
Depois houve mais dois atletas que bateram os seus recordes pessoais, Yuben Munary, nos 400 m barreiras (50,79) e Cláudia Ferreira, no lançamento do dardo (55,82); e houve ainda quatro provas com as melhores marcas do ano, como nos 800 metros, com José Carlos Pinto (1.47,76); nos 100 metros, por Carlos Nascimento (10,38); nos 200 metros, por Delvis Santos (21,18), com estes dois atletas (a que se juntam Gabriel Maia e André Prazeres) a fazerem parte da estafeta de 4×100 metros (39,74).
A maioria dos membros da seleção portuguesa regressa hoje a Portugal, a Lisboa, com chegada prevista às 22h40.
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