O segundo dia dos Campeonatos da Europa de Equipas, integrado nos Jogos Europeus, proporcionou a terceira medalha para o atletismo (Isaac Nader nos 1 500 metros) e a manutenção no top-7 da classificação.
O melhor resultado do dia foi alcançado nos 1 500 metros, com Isaac Nader a terminar na segunda posição, com a marca de 3.37,37 minutos, perdendo apenas com o espanhol Mohammed Katir, que, mesmo no final, foi fechando uma aberta que português estava a tentar aproveitar.
Ainda assim, Isaac não estava satisfeito. “Não estou mesmo. Vinha aqui com o objetivo de vencer, como fiz sempre esta época. Esta é a minha terceira corrida de 1 500 metros e só queria ganhar. Senti sempre que seria entre mim e o espanhol, porque sei que estou bem. Mas ele tem 3.28 minutos, é o segundo melhor do ano no mundo e é já uma referência. Sabia que era difícil, pois é um atleta de classe mundial, algo a que eu estou a chegar agora, mas sabia ser possível, mas foi o que deu”, disse o atleta.
Ao ver no quadro a posição de medalha, o português mantinha o sentimento: “a medalha de prata não é suficiente para o que eu desejo. Claro que é uma medalha, respeito muito a competição, uma prova europeia de grande nível, mas não há outra forma de abordar senão ganhá-la. Assim, é satisfatório quanto baste, mas para sair totalmente satisfeito necessitava de ganhar”, afirmou o atleta que ainda quer progredir mais este ano, em busca do recorde nacional.
Uma boa classificação foi ainda obtida por Décio Andrade, no lançamento do martelo. O madeirense terminou em sexto lugar, com a marca de 72,03 metros ao primeiro ensaio. O atleta que estuda e treina nos Estados Unidos (e foi quarto nos nacionais universitários), não sentiu “a diferença de horários de ter vindo do continente americano para o europeu, mas não estava tão solto como queria. Tentei corrigir, mas sinto que foi um pouco demais. Estou satisfeito porque era o 10º em marcas e terminei em sexto lugar”, afirmou.
Ainda nos lançamentos, Emanuel Sousa deu boa conta de si ao conseguir fechar no oitavo lugar, com a marca de 59,44 metros, um resultado que deixou Portugal na primeira metade da tabela. Um bom resultado para o jovem atleta.
Nos 110 metros barreiras, brilhara o jovem Sissínio Ambriz, que foi terceiro na série B (11º no geral), com 13,85 segundos (v: +0,1 m/s), batendo o recorde nacional de sub-20, que já lhe pertencia. O melhor júnior europeu do ano, ainda viu um cartão amarelo, por se ter mexido nos blocos, o retraiu um pouco. “Parti mais lento e não cheguei ao resultado que queria. Mesmo assim estou muito satisfeito por estar aqui, bater de novo o recorde nacional de juniores”, concluiu.
Mas houve mais. Nos 400 m barreiras, Yuben Munary terminou em sexto lugar da sua série (13º no geral), batendo o seu recorde pessoal com a marca de 50,79 segundos; Ivo Tavares terminou o salto em comprimento no 12º lugar, com a marca de 7,40 metros (v: -0,2 m/s), ao segundo ensaio, não estando muito satisfeito com a sua abordagem na chamada.
Na última prova, a estafeta masculina de 4×100 metros terminou no sexto lugar da série A (11.º na geral), com a marca de 39.74 segundos. O quarteto português, com a melhor marca da época, foi composto por Carlos Nascimento, Gabriel Maia, Delvis Santos e André Prazeres.
Nas provas femininas, o primeiro destaque vai para a estafeta de 4×100 metros, que voltou a bater o recorde nacional da prova com a marca de 44,27 segundos. O quarteto português, composto por Lorene Bazolo, Arialis Martinez, Rosalina Santos e Íris Silva, até tinha instruções, cumpridas, para não arriscar nas transmissões, o que foi cumprido. Não fora isso e o recorde poderia ter caído por uma fatia maior. “Fica para a próxima oportunidade”, disseram as atletas no final.
Individualmente, o primeiro destaque vai para Fatumata Diallo, que nos 400 metros barreiras brilhou com um triunfo na série B com recorde pessoal de 55,57 segundos, sendo sétima no conjunto das duas séries. “Senti-me bem durante toda a prova, exceto nos metros finais, mas na minha mente só queria estar na frente”, disse a atleta algarvia que vive em França.
Em bom plano esteve também Patrícia Silva, oitava classifica nos 800 metros com a marca de 2.01,82 minutos. No final da corrida, a portuguesa confessou que “não foi bem o que queria, pareceu-me partir muito rápida e também notei falta de experiência na luta pelos melhores lugares. Sinto-me contente por não ter perdido com nenhuma atleta do outro grupo para poder pontuar na primeira metade da tabela”; afirmou, satisfeita, sobretudo, com o resultado em termos de marca.
Quanto às restantes atletas, Catarina Queirós foi sexta na série B dos 100 m barreiras (13,43 segundos) – “o medo de poder ser desclassificada por falsa partida não me deixou arriscar na partida e não consegui ir mais além”; Evelise Veiga, que ainda não tinha feito nenhuma prova de triplo-salto, foi 12ª com a marca de 12,60 metros ao terceiro ensaio; e Marta Onofre, depois de saltar 3,90 metros, lesionou-se na corrida de chamada e foi obrigada a parar a prova, ficando no 16º lugar.
No final do dia, apesar das contrariedades, Portugal fechou a classificação coletiva com um sétimo lugar, somando 211,5 pontos.
Os resultados oficiais e mais informações dos Campeonatos estão na página da European Athletics.