Os atletas portugueses não foram felizes na jornada matinal do quinto dia dos Campeonatos Mundiais de Budapeste’2023.No tempo quente da capital húngara, Patrícia Silva, Pedro Buaró e Lorene Bazolo não conseguiram apuramento para as rondas seguintes.
A primeira em competição, Patrícia Silva, terminou em oitavo lugar na sua série de 800 metros, com a marca de 2m05s54”, aquém do apuramento para as meias-finais.
Patrícia Silva, que esta época ficou à beira de baixar dos dois minutos (2.00,07), não se aproximou dos seus objetivos. «Não é o que eu queria, mas foi o que as pernas me deixaram fazer. Estou muito grata e satisfeita por estar pela primeira vez nos campeonatos do Mundo, que não era propriamente o meu objetivo no início da época, em que a ideia era ir melhorando as minhas marcas pessoais, o que consegui. Sinto que não conseguimos estender a minha forma para poder estar em pico de forma nestes Mundiais», afirmou.
«Foi uma experiência necessária, perceber o que é correr como as melhores, que quero voltar a fazer. Tenho de trabalhar para voltar a estes palcos e fazer o que penso poder vir a realizar no futuro. Quanto ao dia de hoje, esta marca não é, nem de perto nem de Longe, a que eu queria realizar nestes campeonatos do Mundo, mas foi o possível, atendendo a que a época para mim foi muito longa e nos meses em que tentamos prolongar o pico de forma, especialmente o mês de julho, foi particularmente difícil, porque estive duas vezes doente», concluiu.
Quase à mesma hora Pedro Buaró participava na qualificação do salto com vara. Incluído no grupo A, o jovem português saltou 5,35 metros à segunda tentativa e depois falhou as três tentativas que tinha a 5,55 m. Na última, parecia que a tinha passado, mas um ligeiro toque deixou a fasquia a abanar nos apoios e acabou mesmo por cair, o que levou a que o ensaio ficasse nulo. Terminou em 15º com a marca de 5,35 m.
“Eu pensei que tinha passado, mas a fasquia acabou por cair e fiquei fora dos saltos seguintes”, disse Pedro Buaró após o seu último salto. “Estou satisfeito por estar pela primeira vez num campeonato do Mundo e abrir com uma marca que era um objetivo do ano. Felizmente as coisas correram melhor e deu para chegar aqui. Sinto que dava para bater o recorde pessoal, mas acabou por não acontecer. Agora quero trabalhar com mais vontade para poder conseguir a marca de qualificação direta para os Jogos Olímpicos para poder preparar essa prova com maior tranquilidade”, afirmou.
Foi também a jornada da primeira ronda de 200 metros. Lorene Bazolo correu na segunda série, com a marca de 23,13, sexta classificada. Como seriam apuradas diretamente as três primeiras e as seis melhores marcas seguintes, Lorene foi “obrigada” a ficar na sala de apuramento até aparecer alguém que corresse mais rápido. E isso só aconteceu no final da última série, com cinco das atletas a correrem abaixo de 23 segundos, fazendo com que Lorene fosse a primeira das não apuradas.
«É um sentimento agridoce estar naquela sala. Por um lado, estamos felizes por estar dentro da qualificação, por outro temos sempre o receio de sair na próxima, o pior é mesmo isso acontecer só na última», afirmou a atleta.
Antes, Lorene afirmara que teria de correr ao nível “ou melhor que o melhor registo deste ano [23,06 segundos], mas acabei por não conseguir. Não me posso queixar de nada. Estava bem, as condições eram boas, mas não consegui correr ao nível que queria. Por isso esta ansiedade até ao final», concluiu a atleta que ainda terá um meeting no final da época (Zurique, também com a estafeta de 4×100 metros).
A jornada da tarde incluiu dois portugueses. Marina Machado corre na segunda meia-final dos 5 000 metros às 19h27 (18h27 em Portugal), enquanto Isaac Nader tem a final dos 1 500 metros às 21h15 (20h15 em Portugal).
Foto de arquivo (Sportmedia / FPA)