Uma noite extremamente emotiva com Isaac Nader a cortar a meta no quarto lugar dos 1500 metros dos Campeonatos Mundiais de Pista Curta, que terminaram em Glasgow. Salomé Afonso foi oitava nos 1500 metros com um recorde pessoal e a estafeta de 4×400 metros acabou desclassificada.
Antecipava-se uma final de 1500 metros muito disputada e isso veio a acontecer, muito por força de ter 14 atletas (o que condicionou bastante o desenrolar da corrida), para além de ser uma prova muito aberta. Isaac Nader, o único português na final, fez tudo bem feito, lutou pelas medalhas até ao final, mas a prova acabou com um surpreendente Beamich (Nova Zelândia) a vencer. Nader ficou no quarto lugar, com a marca de 3m36s97”, a 25 centésimos da medalha de bronze.
“Embora seja uma boa presença na final, um quarto lugar, acabo por sentir alguma desilusão, pois não foi de todo o que esperava fazer. Pois sei o que trabalhámos e o que acreditávamos poder conseguir. Foram muitos atletas na final e isso obrigou-nos a muito desgaste. Tudo isso levou a que não estivesse mesmo no final com a reação para chegar à medalha”, afirmou o atleta, confiante de que o seu lugar é nestes níveis, para lutar pelos pódios.
Logo depois, Salomé Afonso também coreu a final dos 1500 metros e a portuguesa fechou no oitavo lugar, com a marca de 4m06s18”.
“Estava a sentir-me muito bem, num bom momento de forma, sinto que a minha mentalidade está a mudar. É claro que somos atletas e queremos sempre mais, chegamos a um objetivo e já saltamos para outro. Estou muito grata por chegar a este ponto e ser finalista”, concluiu a portuguesa.
Depois do brilharete da manhã, a estafeta de 4×400 metros sai de Glasgow com a desclassificação na final. O quarteto português, que já fora alvo de um protesto durante a manhã, por um dos atletas pisar a linha. Assim, o quarteto formado por Ericsson Tavares, João Coelho, Ricardo dos Santos e Omar Elkhatib, que durante a prova tinha atingido o sexto lugar, viu a sua prestação ser anulada, por desclassificação.
“Nós saímos daqui com a sensação do dever cumprido. Atingimos a final, batemos o recorde de Portugal e ficamos com a certeza de que podemos fazer mais e já sabemos o que é estar neste nível”; falou João Coelho, por toda a equipa.