Grande receção a Patrícia Patrícia Mamona no seu regresso a Portugal, no aeroporto Humberto Delgado, após a conquista da medalha de prata nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020. Recebida por familiares, amigos e fãs, para além dos vice-presidentes da Federação Portuguesa de Atletismo, Fernando Tavares e Luís Figueiredo e por um verdadeiro batalhão de jornalistas.
Após os primeiros abraços a familiares e amigos, a recordista de Portugal do triplo-salto dirigiu-se ao espaço reservado do aeroporto onde respondeu a inúmeras pergunstas, afirmando que ainda está “a tentar perceber o que está a acontecer”.
Aos jornalistas afirmou que “a receção foi espetacular, as pessoas mais importantes da minha vida, os amigos, o meu clube, fãs, um obrigado. Um agradecimento especial aos portugueses, senti a energia sempre. É um orgulho representar esta nação”.
A atleta do Sporting Clube de Portugal prometeu dar sempre o seu melhor, mesmo aqueles que olham para a idade. “De mim podem sempre pensar que vou dar tudo. Se calhar muitos não acreditavam em mim, pensavam que já era velha, mas tenho muito, muito para dar. Felizmente, tive uma carreira sem lesões graves o que tem ajudado. Temos de desligar das idades e acreditar que somos capazes. De mim esperem sempre o melhor”, garantiu.
Orgulhosa por estar no restrito grupo de mulheres que conseguiu marcas acima dos 15 metros no triplo salto, Patrícia não quer ficar por aqui. “Não conseguia contentar-me com o recorde pessoal e nacional. Há sempre algo a melhorar. Felizmente tenho uma marca que era algo impensável, estar no patamar dos 15 metros é estar no clube das melhores de sempre. Agora é aproveitar a maré, tenho três anos para preparar os próximos Jogos, entretanto há mundiais e agora é consolidar estes 15 metros”, frisou.
Ainda em declarações à agência Lusa, sobre a tão desejada medalha que chegou aos terceiros jogos olímpicos, Patrícia afirmou: “estes são os terceiros Jogos. Quando acabei os primeiros, fiquei um pouco triste porque quando estamos lá queremos sempre mais e foi aí que fiz contrato com o meu treinador [José Uva] e fizemos algo especial. Agora finalmente conseguimos [medalha]. Agora é pensar sempre em melhorar”.
Questionada sobre a diferença de investimentos de Portugal em relação aos outros países, a vice-campeã olímpica frisou que “não queria falar tanto na parte negativa”, mas recordou que é preciso investir nos atletas desde cedo.
“Os apoios fazem muita diferença em especial em disciplinas técnicas. Se queremos ter um grande lote de atletas de nível… Vim do desporto escolar e temos de investir mais que é aí que estão grandes talentos”, lembrou.
Após as imensas perguntas, Patrícia, apesar de muito cansada pela viagem, ainda se disponibilizou para tirar selfies com fâs e amigos, uma extensa fila que obrigou a “trabalho extra”.