As duas sportinguistas garantiram a qualificação direta. Evelise Veiga e Lorene Bazolo foram eliminadas
Sem “espinhas”, a qualificação de duas das melhores portuguesas nos rankings mundiais. Patrícia Mamona foi a primeira a garantir a presença na final graças a um salto de 14,54 metros (vento: +0,1), superando largamente a marca de qualificação direta para a final (14,40 m).
Para a portuguesa, este salto foi o reflexo de se estar “a sentir bem. Graças a Deus consegui o apuramento para a final ao primeiro salto. Era esse o objetivo”, referiu a atleta, adiantando que, para a final, “estou confiante, estou sonhadora, mas o foco agora será relaxar para estar a 100 por cento daqui a dois dias na final do triplo”.
Na mesma prova, mas no grupo A, Evelise Veiga foi oitava qualificada com a marca de 13,93 metros (vento: +0,5), obtida ao primeiro ensaio. Uma queda menos conseguida não permitiu que a atleta se pudesse aproximar do seu recorde pessoal (14,32 m), que lhe daria a qualificação para a final. Assim, ficou fora dos Jogos. Uma nota para a eliminação de Olga Rypakova (36 anos), do Kazaquistão, que nas últimas três edições fora medalhada (1ª em 2012, 2ª em 2008, 3ª em 2016).
Na outra qualificação da manhã, Auriol Dongmo conseguiu o apuramento direto para a final também ao primeiro ensaio. A marca de qualificação era de 18,80 metros e ela conseguiu… 18,80 metros! “Foi o suficiente para conseguir o acesso à final”, referiu a atleta que há cinco anos, no Rio de Janeiro, lançou o peso a 17,92 metros para se qualificar para a final onde foi 12ª com 16,99 metros (então ainda a competir por Camarões).
Após um concurso que até deixou de fora, com alguma surpresa, a medalhada de bronze no Rio 2016, a húngara Anita Marton, e a campeã mundial de 2015, a alemã Christina Schwanitz, a atleta portuguesa adianta que “é preciso preparar-me para a final [na madrugada de domingo, dia 1 de agosto, pelas 2h35], onde tenho de usar mais força”.
Lorene eliminada na madrugada portuguesa
O atletismo português teve em Lorene Bazolo a sua primeira representante. Colocada na pista seis da quarta série (de sete), a recordista nacional terminou a prova no quarto lugar, em 11,31 segundos, a 15 centésimos do seu recorde pessoal (recorde de Portugal). Na classificação geral, terminou em 25º lugar das 54 atletas que participaram na primeira ronda (onde estavam as dez melhores das 27 que participaram nas pré-eliminatórias).
Há cinco anos, no Rio 2016, Lorene também foi quarta classificada (28ª), então com 11,43 segundos.
Em declarações à agência Lusa, a atleta lamentou não ter conseguido correr ao nível do recorde de Portugal. “Desejamos e trabalhamos para chegar ao recorde pessoal, mas as coisas saem no momento certo. Hoje, queria aproximar-me, pelo menos, e se o tenho conseguido tinha avançado para a segunda fase”. Aos 38 anos, a tinha de ficar nos três primeiros lugares da sua série ou conseguir um dos três melhores tempos entre as não apuradas diretamente das sete séries.
Ainda assim, a atleta mostrou-se “satisfeita por estar aqui. Cheguei cá para dar o meu melhor, mais do que tinha conseguido ao longo do ano. Sei que tinha capacidades e estava pronta para conseguir melhor. Dei o meu melhor, saiu 11,31, não estou tão satisfeita, queria melhor, mas estou grata por estar aqui e por ter conseguido um apuramento tão difícil”, referiu, preparando-se já para enfrentar as eliminatórias de 200 metros, na próxima segunda-feira.
Fotos Comité Olímpico de Portugal
Links:
Livro de estatísticas do atletismo nos Jogos Olímpicos (World Athletics)
Mini site da World Athletics sobre os Jogos Olímpicos
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