Excelente participação de Auriol Dongmo na final do lançamento do peso ao terminar em quarto lugar com 19,57 m
A final do lançamento do peso feminino dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 foi emotiva até ao final, apesar de as quatro primeiras classificadas terem definido as suas posições logo no fim do segundo ensaio, confirmando todo o seu favoritismo. Entre elas a portuguesa Auriol Dongmo que lançou 19,29 no primeiro ensaio, respondendo ao lançamento de Raven Saunders (19,65 m) antes da chinesa, principal favorita e a melhor no apuramento, Lijiao Gong alcançar os 19,95 m que a deixaram na liderança até ao final. Só ao terceiro ensaio a campeã olímpica de 2008 e 2012 chegou às medalhas com marca de 19,62. De fora ficava a líder do ano, a americana Jessica Ramsey (20,12 m) com três ensaios nulos!
No decorrer do concurso, Auriol ainda lançou a 18,95 metros e 19,17 metros, conseguindo os melhores resultados 19,57 – 19,45 – 19,45! No final a portuguesa continuava no quarto lugar, a cinco centímetros do pódio. Nos lugares da frente, Raven Saunders melhorou para 19,79 e a chinesa Lijiao Gong, bronze em Pequim 2008 e prata em Londres 2012, mostrava a sua sede pelo ouro, batendo duas vezes o seu recorde pessoal com 20,53 e 20,58.
No final da prova, uma Auriol Dongmo emocionada, mostrava-se muito triste, apesar do excelente resultado. “Não chegar à medalha por cinco centímetros é muito duro”, afirmou, dizendo que “há coisas que não se conseguem explicar. Trabalhei muito para alcançar a medalha. Estou em boa forma, cumpri todos os passos para ser mais feliz. No aquecimento os lançamentos até estavam a sair bem”. A emoção não deixou a portuguesa falar muito mais, prometendo “dar o melhor de mim, como sempre tenho feito, para poder ter melhores resultados”.
Pouco depois do início da final do peso, foi dada a partida da primeira eliminatória de 400 metros masculinos, onde correu Ricardo dos Santos. O recordista de Portugal, que tem passado por algumas dificuldades durante a temporada, foi sétimo classificado com a marca de 46,83 segundos, um resultado abaixo do que é a sua melhor marca do ano (46,64s).
Passavam os três primeiros classificados de cada ronda e os seis melhores tempos restantes, mas o português não passou desta ronda, sendo 39º no total dos participantes. “Senti muito o calor. Tentei dar o meu máximo, o objetivo era chegar às meias-finais, mas não deu. Vou continuar a lutar por uma boa marca, mas antes vamos analisar todos os erros cometidos para enfrentarmos o próximo ciclo olímpico e chegarmos a Paris 2024”, afirmou no final da competição.
O atletismo continua esta manhã, com a final do triplo-salto que regista a participação da recordista de Portugal, Patrícia Mamona. Será às 12.15 horas.