Em dia de aniversário Pedro Pichardo visita Exposição do Centenário

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5 Nov, 2021
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No dia em que a Federação Portuguesa de Atletismo (FPA) comemora um século de existência, a Exposição do Centenário (patente no espaço atmosfera m, na Rua Castilho, em Lisboa, até 20 de novembro) foi visitada pelo mais recente campeão olímpico português, Pedro Pablo Pichardo. Na companhia do presidente da FPA, Jorge Vieira, e de outros convidados, entre os quais o presidente da Confederação do Desporto de Portugal, Carlos Cardoso, Pedro Pichardo ficou a conhecer um pouco mais sobre a história da Federação e do atletismo nacional.

Interessado e curioso no que diz respeito à riqueza da nossa história, retratada nesta exposição em imagens e também em objetos, entre eles a camisola e o dorsal com os quais se sagrou campeão olímpico, Pedro Pichardo recordou a emoção do ouro em Tóquio; os desafios de ser um atleta do seu nível e viver literalmente com o seu treinador, o seu pai, Jorge Pichardo; sem esquecer de sublinhar “o apoio da Federação Portuguesa de Atletismo”. “Sem esse apoio não tinha conseguido ser campeão olímpico”, disse.

Foi também de apoio à modalidade, muitas vezes anónimo, que se fez a história da FPA, conforme sublinhou Jorge Vieira na sua intervenção, que foi antecedida pela apresentação das iniciativas que vão ainda integrar o programa das Comemorações do Centenário, como a Gala, na qual vão ser distinguidas as personalidades do século, já no dia 18 de dezembro, no salão Preto e Prata do Casino Estoril. A votação, à qual terão acesso a estrutura federativa, mas também o público em geral, será feita através de uma plataforma online entre 10 de novembro e 10 de dezembro.

Também neste âmbito, os CTT lançaram uma coleção de postais alusivos ao centenário da FPA, que já estão disponíveis. No final do ano será também publicado o Livro do Centenário da FPA, estendendo-se as comemorações até ao próximo ano, para terminarem no final da época desportiva, estando já programada a ida da Exposição do Centenário da FPA para o Porto, bem como de algum do seu espólio para os locais onde se realizam as principais competições nacionais, a começar já a 27 de novembro nos Campeonatos de Corta-Mato, em Vale de Cambra.

Esta será uma forma de levar a única modalidade nacional que gerou campeões olímpicos a todo o país e a todos os seus protagonistas, entre os quais “a nossa maior força, quase sempre oculta e desconsiderada, a força de uma imensa quantidade de voluntários, em diferentes funções – dirigentes, treinadores, juízes – em clubes e em associações. Foram eles que tornaram possíveis os resultados que a modalidade alcançou até hoje. Estes foram e são o nosso maior património. Sem a sua força não teríamos desporto, nem atletismo em Portugal”, destacou Jorge Vieira, que aproveitou ainda para fazer contas, não só às medalhas olímpicas, que são 12, entre as quais cinco de ouro; mas também “ao valor do trabalho voluntário na modalidade que, contabilizado – mesmo que em ordenados mínimos – será maior do que o orçamento para o Desporto no nosso país”.

Para as contas entram também o número de praticantes da modalidade em Portugal, que, a serem todos filiados, a transformariam na maior do país. “Já somos a modalidade com mais medalhas olímpicas, a única com campeões olímpicos. Tenho o sonho de um dia seremos a que mais praticantes tem formalmente, portanto, filiados, porque informalmente somos seguramente a mais praticada, por todas as idades. Com a criação do Departamento de Corrida e, assim, a integração do running no contexto federativo, estamos a aproximar-nos da concretização deste desígnio de juntarmos a quantidade de praticantes à qualidade traduzida no número de medalhas já alcançadas pelo nosso atletismo”, concluiu Jorge Vieira.

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