O atleta paralímpico Lenine Cunha foi eleito ontem, 4 de junho, pela segunda vez (a primeira foi em 2017), pela Federação Internacional para Atletas com Deficiência Intelectual (VIRTUS), o melhor atleta do mundo com deficiência intelectual, numa gala que decorreu na cidade francesa de Vichy.
Aos 39 anos, Lenine Cunha detém 228 medalhas conquistadas em competições internacionais, das quais sobressai a de bronze conseguida nos Jogos Paralímpicos de Londres’ 2012. O atleta português, que representa o Clube de Futebol de Oliveira do Douro, disse, em declarações à agência Lusa, estrar “muito honrado e orgulhoso por receber este prémio”. E sublinhou: “São 32 anos de atletismo com muita dedicação, empenho e amor à camisola que visto, a de Portugal.”
Durante o seu discurso, Lenine Cunha dedicou o prémio “à família, amigos, clubes e treinadores”. E particularizou: “Queria dedicar este prémio ao meu antigo treinador, José Costa Pereira, pois estivemos juntos durante 22 anos. Foi como um segundo pai para mim, e foi o grande responsável pelo atleta que sou hoje. Quero também dedicar ao clube que agora represento, o Clube de Futebol Oliveira do Douro, aos meus colegas de treino e à minha treinadora, Ana Carneiro, por me motivarem e ajudarem neste momento da minha carreira.”
Recorde-se que Lenine Cunha começou a praticar atletismo aos sete anos, três anos depois de ter sofrido uma meningite, que lhe provocou perda da fala, de parte da visão e da memória e teve consequências a nível intelectual, enveredando pelo atletismo adaptado a partir dos 16 anos.