Diário de Oregon’22 – O frenesim da véspera

Eugene (EUA), 14 de julho – Com a aproximação do primeiro dia dos Campeonatos Mundiais de Atletismo, o ambiente já está a fervilhar no seio da organização.

De facto, uma operação desta envergadura, com inúmeros itens a ter em conta, desenrolou-se ao longo de meses e nas últimas semanas a parte estrutural foi montada para a receção desta enorme competição. Após esse intenso trabalho, com a chegada de todas as equipas, jornalistas e fotógrafos, a véspera dos campeonatos está reservada para as diferentes reuniões, briefings e visitas aos locais de competição e ao fluxo que todos devem seguir.

De manhã cedo, os oficiais das equipas tinham a reunião técnica, os elementos da comunicação das federações idem e os fotógrafos também tiveram o seu briefing.

Aqui, destaque especial para uma portuguesa, Raquel Nunes, que há muito é a responsável pelos fotógrafos, acesso aos diferentes lugares e imensas outras tarefas importantes.

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Mas não se ficam por aqui os portugueses que estão na organização: Jorge Salcedo é o chefe dos juízes internacionais, Luís Figueiredo é o chefe dos juízes de partida e José Dias é um dos juízes internacionais de marcha.

Há por aqui outros portugueses, como o fisioterapeuta Tiago Gamelas, que está a trabalhar com a seleção de estafetas de 4×100 metros da equipa chinesa.

Tecnologia de ponta

A tecnologia volta a estar em foco nestes campeonatos. Não haverá bandeiras nos saltos horizontais, apenas uma luz verde (com salto válido) ou vermelha (salto nulo). Inúmeras câmaras vão estar dispostas na pista, para captação de imagens e todos os dados serão recolhidos (velocidade da corrida, diferenças da tábua de chamada, fase de voo, etc) e depois entregues a treinadores e atletas.

Em termos de comunicação social, as instalações são pequenas, não dá para todos e vários ficarão sem bancada de trabalho. O Centro de Imprensa também não é grande e parece não poder albergar todos. Daí as conferências dos medalhados terem streaming para os jornalistas e a zona mista ter outras possibilidades. Para os jornalistas acreditados que não se puderam deslocar a Eugene, a organização terá um serviço remoto, de entrevistas e acompanhamento de resultados.

Para todos, os Mundiais poderão ser acompanhados em direto pela RTP 2 (ver programação específica do canal), na página da World Athletics e na página da Federação Portuguesa de Atletismo. Nesta, amanhã teremos um período de antevisão das provas do segundo dia, os momentos competitivos do primeiro dia, reportagem com todos os atletas que competiram.

Conselho da World Athletics

Entretanto, está a decorrer o Conselho da World Athletics, com Portugal a estar representado pelo presidente da FPA, Jorge Vieira, que desvendou o local para a realização dos Mundiais em 2025: Tóquio.

Segundo o comunicado, os Campeonatos Mundiais de 2025 verão as maiores estrelas do desporto retornarem ao Estádio Olímpico de Tóquio, sede dos Jogos Olímpicos do ano passado, no ano em que a Associação Japonesa de Federações de Atletismo (JAAF) comemora o seu centenário.

Em 2025, Tóquio terá a oportunidade de encher o seu estádio olímpico com milhares de fãs que não tiveram a oportunidade de assistir em direto e no local dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 devido às restrições da pandemia.

No segundo dia da 228ª Reunião do Conselho Mundial de Atletismo em Oregon, EUA, o Conselho também anunciou que o Campeonato Mundial de Corta-Mato de 2024 será realizado em Medulin e Pula na Croácia e o Campeonato Mundial de Corta-Mato de 2026 será realizado em Tallahassee, Flórida.

Recorde-se que Budapeste, na Hungria, sediará o evento em 2023.

Entretanto, acompanhe aqui o histórico de Portugal nos Mundiais (dossier no final da notícia), e já com a antevisão da participação no primeiro dia…