Muito emotiva e equilibrada a competição masculina nesta final da I Divisão, prova que se está a realiza na pista do Estádio do Fontelo, com organização da Federação Portuguesa de Atletismo, com o apoio da Associação de Atletismo de Viseu e da Câmara Municipal de Viseu. Benfica e Sporting foram dividindo os triunfos individuais, com “meias” surpresas, nalgumas provas, para fechar a jornada com o Sporting a liderar por um ponto, somando 75 pontos.
O desempenho do Sporting, começou com o camaronês Emmanuel Eseme a vencer os 100 metros (10,16 segundos), continuando João Coelho, que venceu os 400 metros em 45,40 segundos, viu o jovem Tiago Ramos impor-se nos 5000 metros marcha (20.42,04), e “surpreendeu” nos 5000 metros com Ruben Amaral (14,23,99) a derrotar o líder nacional do ano, Duarte Gomes, do Benfica. Outra surpresa surgiu no salto com vara, com o triunfo de Carlos Pitra, que passou a fasquia colocada a 5,35 metros (a sua melhor marca do ano), derrotando o favorito Pedro Buaró, que saltou 5,25.
Quanto ao Benfica conseguiu triunfar nos 1500 metros, por Isaac Nader (4.06,95), no salto em comprimento, por Gerson Baldé (7,90 m), no peso, por Francisco Belo (20,02 m, com o ucraniano Roman Kokoshko, favorito, a ficar em segundo lugar), e na estafeta de 4×100 metros (39,28 s), aqui a superar os favoritos, do Sporting. No lançamento do dardo, Leandro Ramos venceu sem surpresas (76,49 m).
Com a “liderança” dos dois clubes lisboetas nos três primeiros lugares de cada prova, o equilíbrio entre as restantes equipas é muito acentuado, com seis pontos apenas a separar as equipas do terceiro ao sétimo lugar. Assim, em terceiro está o Sporting de Braga (39), seguido de Estreito (38), Vidigalense (37), Jardim da Serra (36) e o Maia (33). A equipa do Água de Pena está mais isolada no último posto com 27 pontos.
Na final feminina, o Sporting mostrou logo a abrir que não estava para abrir mão do caminho para o seu 53º título nacional, pois investiu na participação da dinamarquesa Katrine Jacobsen no lançamento do martelo, que a nórdica venceu, com 71,16 metros, marcando o primeiro de oito triunfos individuais!
Depois, pouco a pouco, foi juntando os títulos nos 100 metros, por Lorene Bazolo (11,38, com vento contra), nos 400 metros, por Cátia Azevedo (52,13 segundos, a sua melhor marca da época), nos 1500 metros, pela etíope Hawi Abera (4.15,15), continuando nos 3000 metros obstáculos, por Laura Taborda (10.04,32), no comprimento, por Evelise Veiga (6,26 m), no disco, por Liliana Cá (59,56 m), fechando nos 4×100 metros, com a obtenção do recorde nacional de clubes (44,45 segundos). O quarteto leonino composto por Beatriz Andrade, Patrícia Rodrigues, Lurdes Oliveira e Lorene Bazolo superou o anterior máximo (44,85), que durava desde 2016, já então com Lorene Bazolo na formação leonina. O clube fechou o primeiro dia com 85 pontos.
O Benfica segue na segunda posição, com 64 pontos. As benfiquistas conseguiram dois triunfos, por intermédio de Ana Leite, no salto em altura, tendo igualado o seu recorde pessoal (1,77 m), e por Vitória Oliveira, que venceu os 3000 metros marcha (12.35,89).
A única vitória que fugiu a benfiquistas e sportinguistas surgiu nos 5000 metros, com a bracarense Mariana Machado (17.13,48) a impor-se Carla Salomé Rocha (Sporting), com Dulce Félix a fechar na terceira posição.
Coletivamente, o Estreito leva alguma vantagem na luta pelo terceiro lugar do pódio, com 55 pontos. Mais longe estão o Juventude Vidigalense (46) e o Sporting de Braga (45), com Jardim da Serra (39), Água de Pena (38) e Marítimo (24) a lutarem para evitar a despromoção à segunda divisão.
A segunda jornada desta final decorre amanhã a partir das 15h40.
Fotos FPA / Luís Barreto e Marcelino Almeida