A bandeira de Portugal subiu hoje mais alto, pela quinta vez na sua história, e ouviu-se o Hino português num pódio dos Jogos Olímpicos. 36 anos depois do primeiro ouro olímpico (quase 37, foi a 12 de agosto de 1984), Pedro Pichardo recebeu no Estádio Olímpico de Tóquio a medalha de ouro do quinto triunfo olímpico português.
Depois de Carlos Lopes, já citado, Rosa Mota, Fernanda Ribeiro e Nélson Évora, Pedro Pichardo fez ouvir pela quinta vez na História o Hino de Portugal num pódio olímpico e já tem ao peito a sua medalha de ouro, depois do salto de 17,98 metros que lhe valeu o triunfo no concurso olímpico do triplo salto e um novo recorde de Portugal.
Emocionado, o português não escondeu a sua alegria ao subir ao lugar mais alto do pódio, ao lado do chinês Yaming Zhu, segundo classificado, e de Hugues Fabrice Zango, do Burkina Faso, terceiro. Pichardo pegou na medalha de ouro, colocou-a ao peito e exibiu-a para a bancada. Depois, virou-se para a bandeira nacional e escutou ‘A Portuguesa’, que foi entoando com a máscara na face.
Em declarações à RTP, Pichardo disse sentir “Felicidade, muita felicidade. Estou muito feliz. Ser campeão olímpico é o máximo a que posso aspirar. É o melhor que há. Ainda parece que estou a sonhar, toda a gente quer falar comigo. Tenho de esperar uns dias para perceber que é mesmo realidade”.
Agora, o sonho é o recorde do mundo, que espera bater até antes dos próximos Jogos Olímpicos. “Vou continuar a trabalhar para chegar a Paris como recordista do mundo. Acreditei até ao último salto que hoje podia ultrapassar os 18 metros”, explicou.